Quando a situação não é das melhores, até na hora de pedir desculpas aparecem problemas. Depois de quase três meses de silêncio, Tiger Woods resolveu finalmente aparecer em público para falar sobre os escândalos em sua vida pessoal e os planos de voltar ao golfe. O problema é que o dia escolhido para o pronunciamento, nesta sexta-feira, coincide com o WGC-Accenture Match Play Championship, no Arizona, o que tiraria o foco do torneio. A polêmica mais uma vez está no ar.
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– É egoísmo. Sinto pena pelo patrocinador. As segunda-feiras são dias bons para fazer discursos, mas as sexta-feiras não. Isto vai desviar as atenções do torneio – justifica o golfista sul-africano Ernie Els.
O patrocinador citado por Els foi um dos primeiros a rescindir o contrato com Tiger, após vir à tona a infidelidade do número 1 do mundo. Atual campeão do torneio, o australiano Geoff Ogilvy, usou um tom irônico para falar sobre o pronunciamento do colega:
– Talvez seja possível segurar o torneio durante 10 minutos para assistir (o pronunciamento). Gostaria de ouvi-lo responder a algumas perguntas – provocou Ogilvy. – Mas é um início e ele tem de começar de alguma forma – concluiu.
Cercada de cuidados, a entrevista que Tiger concederá está sendo meticulosamente preparada para não prejudicar ainda mais a imagem do norte-americano. Apenas um grupo seleto de jornalistas e cinegrafistas terá direito a acompanhar o evento, previsto para começar às 14h (horário de Brasília). Detalhe: Todos estão proibidos de fazer perguntas ao golfista, que deve se limitar a fazer um pedido de desculpas oficial e falar sobre a carreira daqui para frente.
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Nesta semana, uma das supostas amantes de Tiger afirmou estar grávida do bilionário golfista. Mas este assunto, pelo visto, dificilmente será mencionado nesta sexta-feira.