A manifestação organizada por movimentos contrários ao governo Dilma Rousseff reuniu milhares de pessoas na Avenida Paulista neste sábado. Porto Alegre também teve protesto semelhante contra o governo petista.
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Uma das frentes que articularam o protesto paulista é o Vem pra Rua, que surgiu em junho deste ano. Rogério Chequer, organizador do movimento, o ato deste sábado foi contra a corrupção e a falta de ética dos políticos.
– Somos contrários às ações do governo Dilma, que estão ligadas à corrupção, ao aparelhamento do Estado, à interferência entre os Poderes – disse Chequer.
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Ele ainda destacou que não apoia manifestações mais radicais, presentes no protesto, como as que pedem uma intervenção militar:
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– Somos totalmente contrários à intervenção militar, mas respeitamos outras manifestações. Nós defendemos a apuração total de irregularidades, punição dos condenados e um governo que tenha maior eficiência fiscal e administrativa, que não desperdiça o dinheiro do povo.
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O empresário Ronaldo Luís Ferreira, da liderança do movimento pela intervenção militar, defende que essa é a única saída para o país.
– Queremos uma intervenção para tirar todos os políticos bandidos. E, depois, ter uma nova eleição e, assim, [eleger] aqueles que forem patriotas e não precisam ganhar salário para servir ao Brasil – argumentou Ferreira.
A Agência Brasil procurou a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto que informou que, por hora, a Presidência da República não se manifestará sobre o assunto.
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Lobão participa da manifestação contra governo Dilma
Presente na manifestação contra o governo Dilma Rousseff na capital paulista, o cantor e compositor Lobão disse que vai a Brasília na próxima semana para tentar postergar a conclusão da votação do Projeto de Lei nº 36, que flexibiliza a meta fiscal.
– Vou vestir terno – ironizou.
Segundo ele, o governo Dilma precisou flexibilizar a meta de superávit para não sofrer um impeachment.
– Foi por muito pouco – disse.
Lobão destacou que é o único artista de expressão nacional a defender abertamente a oposição ao governo Dilma e posicionamentos de direita e descartou a possibilidade de ter sua imagem associada à defesa da intervenção militar.
– Sou insimonalizável – disse Lobão, em referência ao cantor Wilson Simonal, acusado de ter apoiado a ditadura.
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* Agência Brasil e Estadão Conteúdo