Militantes a favor da legalização da maconha no Brasil se reuniram na tarde de sábado na Avenida Vieira Souto, na orla de Ipanema, no Rio de Janeiro, em mais uma Marcha da Maconha, manifestação anual que ocorre em diversas cidades do país desde 2002.
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Os manifestantes seguravam faixas que pediam a descriminalização do uso e também em homenagem ao cantor jamaicano Bob Marley, cuja morte completou 32 anos neste sábado.
O policiamento ficou a cargo de 40 agentes. Um homem foi detido e levado para a 14ª Delegacia de Polícia, no Leblon, depois de tentar vender maconha para um policial que estava à paisana.
A passeata estava marcada para as 14h, mas começou às 16h20. A concentração foi entre as ruas Maria Quitéria e Joana Angélica. De acordo com a Polícia Militar, cerca de duas mil pessoas estavam na manifestação por volta das 17h.
A organização do evento informou que o número de participantes chegou a 10 mil, igualando a marca atingida no ano passado.
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Os manifestantes cantavam músicas, principalmente em ritmo de reggae, a favor da legalização do uso. Eles protestaram também contra o Projeto de Lei 7.633, que prevê a internação involuntária de usuários.
O estudante de história Afonso Fernandes, de 23 anos, distribuiu panfletos em prol da causa.
– É uma causa de importância social, porque a droga tem sido um problema que contribui para a criminalização da pobreza, e também uma questão de liberdade individual. O debate está cada vez mais presente e acho que está avançando – disse o universitário, que participa do evento há 4 anos.
De acordo com o movimento, estão previstas marchas em 37 cidades do país até julho.