O relógio marcava 7h30min quando Adão da Silva, 68 anos, chegou ao colégio Hercílio Deeke, no bairro Velha, em Blumenau. Acompanhado da mulher, a meta era ser o primeiro a votar no segundo maior ponto da cidade em número de eleitores, com 9.881 pessoas aguardadas até as 17h.

Continua depois da publicidade

Ele conseguiu o que queria e saiu da urna com a sensação de dever cumprido. Esse, aliás, é um sentimento que ele conhece bem, pois não deixa passar em branco nenhuma eleição.

– É a hora que a gente tem voz. A esperança do brasileiro não pode morrer. Essa chama precisa estar sempre acesa – afirmou.

Adão votou rápido. Menos de um minuto depois de entrar na sala, estava pronto. Foi assim na maioria das seções, embora o movimento no início do dia tenha gerado algumas filas. O Jorge Kraisch, 54 anos, comemorou ao ver apenas uma pessoa na frente dele na hora de votar.

Continua depois da publicidade

Até mesmo quem tem um pouco mais de dificuldade para chegar aos pontos de votação fez questão de participar do pleito. Antes das 9h, com o sol já brilhando no céu, Hilário Luchtenderg, 56 anos, aguardava o ônibus em sua cadeira de rodas para ir à urna.

– Tem que votar – defendeu.

Ao longo da manhã, segundo o chefe do Cartório Eleitoral Ricardo de Souza, nenhuma urna precisou ser trocada, houve apenas problemas pontuais. Na escola Izolete Muller, no Valparaíso, teve atolamento de papel. Já no colégio Coronel Feddersen, na Vila Itoupava, a urna estava com o horário errado e foi necessário ajustar. Na Heriberto Müller, na Fortaleza, precisou ser feito um ajuste da bobina.

Foi das urnas também que veio um exemplo de respeito às divergências políticas. Ivo Koffke, 83 anos, e a neta Fernanda, 25, foram votar juntos na manhã desse domingo mesmo tendo visões distintas sobre as eleições. É um ritual praticado por eles há três eleições e reflete, na visão dos dois, a democracia.

::: Acompanhe a apuração das eleições 2018 em tempo real