A área de mangue em frente a casa da aposentada Rosângela Terezinha Rodrigues, 51 anos, na rua Providência Divina, no bairro Comasa, em Joinville, já foi mais preservada. Há dois anos, ela diz que vem acompanhando as mudanças para pior no local.
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Parte do espaço foi aterrado e virou depósito de lixo. Uma placa, danificada pela ação do tempo, informa que é uma área de preservação ambiental. Restos de construção, material reciclável, lâmpada, vidro, roupa, sapato e até uma máquina de lavar podem ser encontrados.
– Esses dias, um caminhão deixou, durante a madrugada, um monte de bonecas lindas aqui. Eu peguei todas elas, limpei e doei -, conta a moradora.
Rosângela afirma que todo o tipo de material é jogado durante a noite. Ela reclama que barro foi depositado em cima do lixo por caminhões da Prefeitura.
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– Já faz tempo que eu e os vizinhos estamos reivindicando uma providência da administração pública -, ressalta a aposentada.
Aterro
O secretário regional do Comasa, Celito Alves, afirma que o órgão depositou barro em parte de uma área que não é de preservação ambiental. Alves nega que o aterro esteja sobre o lixo e acrescenta que não é sua responsabilidade limpar o terreno, mas que vai retirar os resíduos do local.
– As pessoas têm de se conscientizar e não jogar mais lixo -, ressalta.
Segundo a Fundema, não foi protocolada nenhuma reclamação. Nesta sexta pela manhã, dois técnicos vão avaliar o local para verificar a situação e qual é o órgão responsável. Só então será possível dizer se o espaço aterrado faz parte de área de preservação.
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O diretor-executivo da Secretaria de Infraestrutura Urbana (Seinfra), Michel Becker, se comprometeu também a verificar o problema. Ele adianta que a Secretaria Regional do Comasa pode utilizar as máquinas para recolher o lixo e levar até o aterro sanitário.
Becker ainda diz que entrará em contato com o secretário regional, para orientá-lo sobre a limpeza do local.