Aos 72 anos, o maior goleiro da história do Inter parece um novato. Manga chegou a Porto Alegre neste sábado e foi apresentado no fim da manhã. Em entrevista coletiva, fez questão de demonstrar que está com muita vontade de trabalhar.

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– Quero mostrar como se trabalha com goleiro. Fiz muitos goleiros para a seleção equatoriana, agora quero fazer para a Seleção Brasileira. O presidente do clube vai ficar muito contente quando ver meu trabalho no campo – afirmou.

Com seu característico sotaque castelhano, apesar de ter nascido em Pernambuco, Manga contou que se emocionou ao voltar, após mais de 25 anos, ao Brasil e ao Estádio Beira-Rio, palco dos seus anos de glória embaixo das traves.

– Eu nunca me escondia, jogava até com dedo quebrado. Joguei também com distensão. Mostrei meu trabalho neste campo. Tenho certeza que a torcida não esqueceu de mim.

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Manga será também um representante do Inter em eventos pelo Rio Grande do Sul afora. Mas o que ele quer saber mesmo é de trabalhar no campo. Lembrou seus anos de trabalho no Equador e o seu pupilo mais famoso, Ceballos, que pegou três pênaltis no Maracanã, pela LDU, contra o Fluminense, na final da Libertadores 2008.

– Todos os últimos goleiros da seleção equatoriana são meus alunos – afirmou.

O vice-presidente de Comunicação Social Gelson Pires explicou que Manga não substituirá nenhum treinador de goleiros do clube, mas será o coordenador dos preparadores de goleiros de 12 a 16 anos. E demonstrou que a contratação se deve ao valor histórico do lendário goleiro dos dedos tortos:

– Já tenho mais de dez e-mails com pedidos de várias partes do país pedindo a presença dele. Todos querem ver o Manga. Ele está inserido nos cem anos do Inter. Queremos resgatar isso. Nunca os ex-jogadores foram tão valorizados no Inter.