Atleta desde os nove anos, a manezinha Júlia Albino Sardá traz da infância o sonho de disputar uma Olimpíada. No começo a paixão pelo esporte veio com o atletismo onde disputou os Jogos Abertos de Santa Catarina e o Campeonato Brasileiro de Menores.
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Depois de ingressar no curso de Educação Física da Universidade Federal de Santa Catarina, Júlia conheceu sua atual paixão esportiva: o rugby.
“Eu comecei no rugby a convite de uma colega da faculdade. Logo no primeiro treino que fui já me apaixonei pela modalidade, e por isso estou até hoje. No começo, eu conciliava o rugby com a faculdade, depois com o trabalho. Acordava mais cedo, treinava e ia trabalhar como professora, e treinava de noite também. Mas há três anos eu fui convidada pela Confederação Brasileira de Rugby a me mudar para São Paulo e fazer parte do programa centralizado. Por isso me dedico só ao rugby no momento.”
Júlia se formou em Educação Física pela UFSC em 2004, mesmo ano em que a atleta começou a atuar no Desterro Rugby Clube, equipe da Capital catarinense, e na Seleção Brasileira da modalidade. Jogando na posição de pilar, ela é uma das pioneiras do rugby no Brasil com 212 jogos pela seleção. A experiência a credencia na Confederação Brasileira de Rugby em projetos para evoluir o esporte no Brasil. Hoje, a seleção feminina é a maior potência da América do Sul.
“Faz três anos que o grupo se mudou para São Paulo, para começar o projeto centralizado visando competir da melhor forma internacionalmente. Nós chegamos a treinar oito horas por dia envolvendo treinos físicos, técnicos e táticos. É uma preparação bem forte, mas que tem como objetivo fazer com que o Brasil seja representado da melhor forma na Olimpíada.”
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O rugby retorna aos Jogos Olímpicos após 92 anos. O esporte já foi praticado em quatro edições, mas no formato em que 15 atletas de cada lado defendem a sua nação. Em 2016, o modelo será o rugby Sevens (sete atletas por equipe).
A Tupi, como é conhecida a seleção brasileira, está no Grupo C da Olimpíada com o Canadá, atual campeão pan-americano e vice mundial, a Grã-Bretanha, campeã mundial com a Inglaterra, e o Japão.
O Brasil conquistou a medalha de bronze no Pan de Toronto. Júlia Sardá ficou de fora dessa disputa por conta de uma grave lesão que quase a tirou da Rio 2016. Agora, com 33 anos, ela quer mostrar o melhor do rugby brasileiro.
“As nossas expectativas para os jogos são as melhores possíveis. Pegamos uma chave bem forte, mas esperamos fazer bons jogos, mostrar para o Brasil o que é o rugby e mostrar para o mundo que o Brasil tem um rugby de qualidade.”
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O Brasil estreia no dia 6 de agosto às 12h diante da Grã-Bretanha. Na mesma data, às 17h30, a seleção enfrenta o Canadá. Dia 7 o duelo é contra o Japão às 12h. As duas melhores seleções de cada um dos três grupos mais as duas melhores terceiras colocadas avançam para a fase seguinte.
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