Uma mancha escura que apareceu no mar em São Francisco do Sul deixou os moradores em alerta na última quarta-feira (12). Imagens da orla da baía da Babitonga com trechos escurecidos passaram a circular nas redes sociais e logo levantou-se a suspeita de que havia um vazamento de óleo na região, proveniente das obras do Empreendimento Terminal Gás Sul (TGS) – que está sendo instalado nas proximidades.
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Após ter conhecimento do caso, uma equipe da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) do município foi até o local, entre as praias do Sumidouro e Capri, para verificar a denúncia.
Os especialistas, além de percorrerem a área e inspecionar o rio do Sumidouro – que desemboca no mar – assim como diversos pontos da orla, também realizaram sobrevoos com drones. Não foi identificada, conforme a secretaria, presença de óleo sobrenadante no mar, tampouco resíduos característicos de um possível vazamento na região.
O que aconteceu, na verdade, segundo o município, é que na região existem vastas áreas de manguezais, que são responsáveis por altas taxas de produtividade biológica, onde os nutrientes e matéria orgânica são encontrados em abundância.
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— Portanto, a pluma identificada, de cor escura, é proveniente de aumento do volume de matéria orgânica e fitoplânctons (conjunto de algas microscópicas), decorrente de processos naturais deste ambiente — explica a SMMA, em nota.
Além disso, o fato também está aliado a circulação promovida pelo fluxo das marés, potencializado pelas chuvas intensas ocorridas nos últimos dias, quando, naturalmente, houve maior deslocamento dessas matérias orgânicas.
A prefeitura do município ainda solicitou à empresa TGS a entrega dos laudos das coletas de águas superficiais realizadas no local para acompanhar os resultados.
Veja fotos do local
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Fenômeno não é novidade
Em fevereiro do ano passado, durante o Carnaval, uma mancha escura também apareceu na Praia Central, em Balneário Camboriú. Segundo a Secretaria de Meio Ambiente local, tratava-se de uma nova arribada de microalgas e briozoários —organismos que formam colônias e são carregados pelas ondas, especialmente no verão. À época, o fenômeno se concentrou especialmente no Pontal Norte.
Um ano antes, a mesma Praia Central também já havia apresentado trechos escurecidos na orla. O fenômeno, atribuído à proliferação de microalgas e briozoários — um animal minúsculo — já havia ocorrido . Apesar da aparência, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente garantiu, na ocasião, que a água estava própria para banho.
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