Mamógrafos do País terão de passar por controle de qualidade. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que uma regulamentação sobre assunto deverá ser colocada em consulta pública na próxima sexta-feira.

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– Atualmente, esse controle não é feito – disse.

O texto com as novas regras foi preparado por um comitê de especialistas e por representantes dos conselhos de secretários Estaduais e municipais de Saúde. As novas regras integram um pacote de medidas que o governo estuda para melhorar o acesso a serviços de diagnóstico.

Auditoria feita este ano revelou que 15% dos mamógrafos do Sistema Único de Saúde (SUS) estavam sem uso. Dos equipamentos em funcionamento, 44% estavam concentrados no Sudeste. Dos 1.514 aparelhos existentes, 419 estavam quebrados, atuando com baixa produtividade ou com defeitos.

O diagnóstico precoce do câncer de mama é considerado essencial para o sucesso do tratamento. A recomendação é de que mulheres a partir dos 50 anos realizem o exame a cada dois anos. O câncer de mama é o segundo em incidência entre mulheres. As taxas de mortalidade são elevadas: 40% – um porcentual atribuído, principalmente ao diagnóstico tardio da doença no País.

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– Temos muito o que melhorar – assegurou Padilha.

Para facilitar o acesso das mulheres a exames, o governo está orientando Estados a melhorar os serviços de manutenção dos aparelhos.

– Esse trabalho tem de ser permanente – disse o ministro.

O governo quer ainda incentivar cursos de capacitação de técnicos – que, segundo o ministro, são parte importante na qualidade do resultado do exame.

– Quando a paciente não é posicionada de forma adequada, a nitidez do exame é prejudicada.