Mamas maiores que o normal geram constrangimento a muitos homens, principalmente em jovens de 14 e 15 anos, faixa etária em que a incidência da ginecomastia – como o problema é clinicamente conhecido – chega a 65%.
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– Se as mamas atrapalham fisicamente e psicologicamente, a cirurgia é expressamente recomendada – afirma a cirurgiã plástica Ana Paula Polato, de São Paulo.
Além da adolescência, ginecomastia é mais comum em outras etapas da vida em que há mudanças hormonais, como velhice (cuja incidência atinge até 30% dos homens) e infância.
– A ginecomastia apresenta-se como uma massa na região mamária, palpável, variando de um a 10 centímetros de diâmetro. Ela pode ser unilateral ou bilateral, podendo desenvolver-se, após meses ou anos na outra mama – explica a cirurgiã plástica.
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Segundo ela, o tratamento depende do grau de classificação dessa anomalia. No grau 1, há pouco excesso de pele e tecido adiposo no tórax, formando um botão ao redor da aréola. A remoção é fácil. O grau 2 apresenta excesso do tecido adiposo, com as margens do tecido indefinidas. No grau 3, com grande excesso de pele, os pacientes necessitam de incisões ao redor da aréola, na pele, ou reposicionamento da aréolo e mama.
Ana Paula alerta para a falsa ginecomastia, na qual há excesso de gordura, mas sem proliferação glandular. Esse tipo de problema é mais comum em pacientes com sobrepeso.
Confira a seguir as três técnicas de remoção usualmente adotadas e outras informações sobre cirurgias e pós-operatório:
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::: Ressecção glandular
Indicada em pacientes que não apresentam excesso de pele e apresentam pouca ou nenhuma gordura associada ao tecido mamário em excesso. Pode ser associada à lipoaspiração em casos de gordura na região peitoral além da glândula hiperdesenvolvida.
::: Lipoaspiração
É indicada para pacientes com um pequeno acúmulo de gorduras no músculo peitoral, muitas vezes simulando uma ginecomastia. Nos casos em que não há proliferação glandular, apenas gordura, pode ser feita isoladamente. Nos casos onde há glândula mamária hiperdesenvolvida, é associada à ressecção glandular. O tipo de lipoaspiração realizado pode ser a tradicional, vibrolipoaspiração, ou ainda a lipoaspiração ultrassônica.
::: Mamoplastia redutora
Ela é indicada para pacientes que apresentam um excesso de pele flácida, gordura localizada e aumento do tecido mamário. Esse tipo de cirurgia, normalmente deixa cicatrizes maiores depois da cirurgia.
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– As cicatrizes podem ter formato em “I”, “L” ou “T” invertido, de acordo com a necessidade de cada paciente. Quanto maior quantidade de pele retirada, maiores serão as cicatrizes – conta Ana Paula.
::: Como é feita a cirurgia?
A técnica cirúrgica depende do tipo de ginecomastia e de sua severidade. A cirurgia de ressecção glandular consiste em um corte pequeno em forma de semicírculo na parte inferior da aréola (mamilo).
A cirurgiã retira a glândula de consistência dura e aumentada, que deverá ser examinada por um patologista. A anestesia utilizada pode ser local com sedação, peridural com sedação ou geral, dependendo da preferência do paciente e do anestesista.
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O resultado da cirurgia pode ser conferido no período de seis meses e um ano, conforme amadurecimento da cicatriz, porém a diminuição do volume mamário é observada de imediato. Somente o cirurgião plástico poderá indicar qual é o seu grau de ginecosmastia e qual é o melhor método para remove-lá.
::: Pós-operatório
Após a cirurgia, o paciente deve utilizar uma faixa de compressão sobre o tórax durante o primeiro mês.
– A compressão tem a finalidade de promover maior aderência da pele aos tecidos, controlar sangramentos e reduzir o inchaço local. Além de oferecer proteção à região. Outro artifício para melhorar o resultado é a drenagem linfática, que age na diminuição do edema residual e interfere no quadro de recuperação do paciente – orienta a médica.
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Quando a associação de lipoaspiração é necessária, a drenagem linfática torna-se mandatória para diminuir a formação de fibroses.