Para fugir da crise que agravou os problemas sociais no Haiti depois do terremoto de 12 de janeiro de 2010, Luisma Ynossan e a esposa Huberta Ynossan Leriche, ambos de 31 anos, moram no Brasil desde novembro de 2011. Navegantes é a oitava cidade por onde passam desde que chegaram ao Brasil.
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Diferentemente da maioria dos conterrâneos, para ele, o idioma não é uma barreira. O salário baixo, sim.
– Mal dá para pagar o aluguel e comprar roupa de frio para as crianças – reclama. Ele explica que a situação da família só não é pior porque a esposa trabalha atualmente. Ynossan atua como operador de logística em uma importadora de Ilhota, mas já foi também pintor em estaleiros e garçom desde que chegou ao país.
Os filhos, Akim e Kenya, de oito e seis anos respectivamente, estudam e dependem de creche, e esta foi outra luta para o casal. Primeiro, para conseguir uma vaga; depois, por conta da distância.
– É tudo muito complicado. Tem uma creche no meu bairro, mas nos mandaram para outro bairro bem longe – observa. No Haiti, eles deixaram toda a família, pais e irmãos, que também esperam um dia vir para o Brasil em busca de melhores condições.
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