Mais um caso de fura-fila da vacinação contra a Covid-19 está em investigação em Apiúna, no Vale do Itajaí. Até o momento, duas funcionárias responsáveis pela aplicação do imunizante foram afastadas dos cargos. Uma delas tinha parentesco com a pessoa que recebeu a dose da vacina conforme nota da Secretaria Municipal de Saúde.

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De acordo com a prefeitura, os dois casos foram descobertos após a abertura do inquérito que apura o roubo das vacinas no dia 10 de março. Um dos casos de fura-fila ocorreu no dia 6 de março e o outro no dia 17 do mesmo mês.

Neste dia, a faixa etária para receber o imunizante no município era de 90 anos. Segundo a prefeitura, ao final do dia, uma das responsáveis por fazer a aplicação das vacinas notou que havia sobrado uma dose e solicitou autorização para vacinar um idoso de 72 anos. O homem seria pai da funcionária. A prefeitura não confirmou se esta autorização foi aprovada.

O segundo caso aconteceu no dia 17 de março. Segundo nota oficial, uma funcionária teria antecipado a vacinação de uma idosa de 71 anos. Na época, a faixa etária para receber o imunizante era de 77 a 79 anos. A prefeitura declarou em nota que o motivo foram “divergências no atendimento da paciente”. Ou seja, a idosa teria solicitado a vacinação, foi atendida para só depois mostrar o documento dela, que revelou os 71 anos, abaixo do permitido à época. 

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De acordo com a prefeitura, as duas questões estão sendo apuradas em uma sindicância. As funcionárias foram afastadas até a conclusão das investigações e medidas cabíveis serão tomadas conforme o decorrer dos processos. O caso de roubo continua em investigação.

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O prefeito, Marcelo Doutel da Silva, publicou um vídeo no seu perfil próprio do Facebook lamentando o ocorrido, explicando a situação e informando que caso tenha sido um funcionário o responsável pelo furto das vacinas, o profissional será exonerado.

Confira a nota oficial da prefeitura da íntegra:

“Devido ao furto de vacinas ocorrido no dia 10 de março, a partir de então foi iniciado inquérito para investigação do caso, sendo assim exigida a divulgação da lista de vacinados, onde verificou-se dois casos de antecipação em situações distintas.

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Segundo fatos apurados, a faixa etária a ser vacinada no dia da primeira antecipação era de 90 anos. Ao final dos procedimentos do dia, havia sobrado uma dose, na qual deveria ser destinada à próxima faixa etária. Porém, uma funcionária responsável pela aplicação das doses, solicitou autorização para vacinar um idoso com idade de 72 anos, tendo este relação de parentesco com a funcionária. A situação ocorreu no dia 06 de março.

Um segundo caso, que ocorreu no dia 17 de março, envolveu outra funcionária que antecipou a vacinação para um idoso de 71 anos, devido a divergências no atendimento do paciente. Nesta data a faixa etária de vacinação era de 77 a 79 anos. Este caso não tem relação de parentesco.

Ambas as situações estão sendo apuradas dentro do inquérito civil dos furtos das vacinas e os funcionários envolvidos com a antecipação das vacinações estão afastados no momento. Uma sindicância está apurando os fatos e todas as medidas cabíveis serão tomadas conforme decorrer dos processos. O caso de roubo das vacinas segue em investigação.”