Seis novas mulheres denunciaram o presidente da emissora CBS, Leslie Moonves, por assédio e abuso sexual, tornando sua saída do cargo cada vez mais provável.

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O jornalista Ronan Farrow revelou em um artigo na revista The New Yorker, no domingo, que as seis mulheres acusam Moonves, de 68 anos, de assediá-las ou agredi-las entre as décadas de 1990 e 2000. Elas também citam felação forçada e violência.

São acusações mais sérias do que as de outras seis mulheres que no final de julho já o haviam acusado, nas páginas da New Yorker de tocá-las ou beijá-las à força.

Uma delas, Phyllis Golden-Gottlieb, apresentou uma queixa no ano passado à polícia de Los Angeles, que considerou crível, mas decidiu não indiciar Moonves porque a suposta agressão ocorreu no final dos anos 90 e, portanto, o crime havia prescrito, afirmou Farrow.

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Golden-Gottlieb diz que Moonves forçou-a a fazer sexo oral nele e, em seguida, empurrou-a violentamente contra uma parede.

A The New Yorker garante que Moonves admitiu em uma declaração que ele teve encontros com três das mulheres, mas que foram consensuais e ocorreram antes de sua chegada à CBS.

Moonves está atualmente negociando sua saída do cargo, segundo a imprensa norte-americana.

A rede financeira CNBC garante que o acordo dariam fim ao reinado de 15 anos de Moonves na CBS, bem como ao processo que a administração do canal enfrenta e a família Redstone, que controla 80% dos direitos de voto da cadeia.

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Redstone, que queria fundir a CBS com o grupo Viacom, que a família também controla, processou a CBS perante os tribunais, acusando-a de diluir seus direitos de voto para apenas 20%.

Se não chegarem a um acordo, o processo sobre este litígio deve começar em 3 de outubro em um tribunal no estado de Delaware.

As discussões sobre a saída de Moonves se voltam em grande parte para a compensação que o executivo cobraria. Há rumores de que ele poderia receber 100 milhões de dólares em ações.

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Embora seu contrato preveja uma indenização inicial de 180 milhões de dólares, o presidente da emissora poderia deixar seu cargo sem receber nada.

Tudo depende dos resultados de uma investigação sobre as acusações do New Yorker, disse a CNBC, citando fontes próximas à negociação.

Uma de suas acusadoras, Jessica Pallingston, disse à revista que pagar sua indenização seria “completamente repugnante”.

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* AFP