Três pontos é a pontuação máxima de uma partida de futebol, porém o duelo entre Figueirense e Criciúma, na noite de hoje, tem mais pontos em jogo. Trata-se de uma partida de peso maior, e que vai além da rivalidade entre os times do mesmo estado, com ares de clássico. Vale pelo que não se quantifica no futebol, mas se tem ou não: a tal da confiança. Com ela problemas se amenizam e virtudes são elevadas à outra potência. O resultado do confronto das 20h30min de hoje, no Orlando Scarpelli, vai ter valor maior que pontuação na Série B do Campeonato Brasileiro.
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Vitória alvinegra pode dar tranquilidade para o técnico Márcio Goiano, que amarga quatro partidas seguidas sem ganhar. Na outra área técnica, Luiz Carlos Winck orienta o Tigre para o triunfo da afirmação de seu trabalho no clube, um triunfo em sequência. Uma janela aberta, ainda, que influi diretamente na fase de cada time. Ganhar ameniza os bastidores dos clubes, conturbados recentemente por alterações ou mudanças.
Como é característico de jogos com rivais tão próximos geograficamente, a tendência é que a técnica seja sobreposta pela força. Ainda mais com tantos outros pontos além dos três pontos.
Ataque contra defesa
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Defesa vazada contra ataque inoperante. O Figueirense sofreu oito gols na competição até agora – um a mais que o Criciúma. Porém, vai enfrentar um ataque que não tem sido muito ofensivo, ao menos é o que aponta os números. O Tigre tem apenas três gols assinalados na competição. Pelo outro lado, o Alvinegro tem a média de um tento anotado por partida. Sete também é o total de sofridos pelo Carvoeiro.
Duelo de comandantes
Antagônicos não apenas pelos escudos que defendem. Márcio Goiano e Luiz Carlos Winck vivem situações diferentes no comando de Figueirense e Criciúma, respectivamente. Neste instante, o do Tigre chega mais ¿leve¿. A equipe venceu a primeira na Série B, na rodada passada, e entra no Orlando Scarpelli para afirmar o comandante. Do outro lado, Goiano precisa muito do resultado positivo. A pressão aumenta com a sequência de insucessos e as contestações são evitáveis em caso de triunfo contra o rival do mesmo estado.
Momentos diferentes
Não muito diferente dos respectivos comandantes são as fases de Figueira e Tigre. Para o Alvinegro vitória significa mudar para melhor. Depois de ótimo início, com duas vitórias seguidas, a equipe não conseguiu mais vencer. Nos últimos quatro jogos, somou apenas um ponto, o empate com o ABC na rodada passada. O Criciúma deu fim à sequência negativa na última sexta, ao bater o CRB e vencer pela primeira vez. Chega motivado para ganhar força ainda maior em caso de triunfo na casa do rival.
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Bastidores ainda quentes
Vencer significa amenizar problemas. E cada clube tem os seus. No Figueirense, a turbulência ocorreu quando o zagueiro Marquinhos manifestou descontentamento, e depois justificou que a insatisfação é com a falta de diálogo com o técnico Márcio Goiano, e o atacante Zé Love usou as redes sociais para publicar uma mensagem que dava entender que estaria aborrecido com a falta de pagamento de salários. O jogador informou que a publicação tinha a ver com a vontade de retornar a jogar. No lado tricolor, a escassez de triunfos fez o Tigre mudar o departamento de futebol. Edson Gaúcho assumiu o posto vago com a demissão de Gabriel Skinner e, por seu estilo, imprime outra forma de gerir o plantel.
Confronto direto
São três pontos de diferença na tabela e a chance de se distanciar na classificação ou igualar, depende do time vencedor. Mas, além da matemática da pontuação, confronto direto também vale pela confiança, ainda mais quando se trata de times com histórico de rivalidades por causa dos estaduais.
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