Desde o último domingo (25), quatro baleias-jubarte foram encontradas encalhadas nas praias de Santa Catarina. Itapoá, São Francisco do Sul, Barra Velha e Jaguaruna estão na lista de municípios que encontraram esse mamífero na areia das praias. Até esta quarta-feira (28), o Estado já tinha registrado 32 encalhes dessa espécie na temporada, um número recorde.
Continua depois da publicidade
> Receba as principais notícias de Santa Catarina pelo Whatsapp
Um macho de oito metros de comprimento em estado avançado de decomposição foi encontrado em Itapoá na manhã de domingo (25). O animal estava com marcas de emalhe em rede de pesca nas nadadeiras e na calda e com pedaços de rede presos na boca. O Projeto de Monitoramento de Praias BS/Univille coletou amostras de pele, músculo, gordura e do estômago do animal. A carcaça foi enterrada na praia onde ocorreu o encalhe.
Na segunda-feira (26) uma ocorrência foi registrada na Praia do Ervino, em São Francisco do Sul. O animal também tinha objetos de pesca nas nadadeiras e na boca. A fêmea juvenil de oito metros estava encalhada em um banco de areia no mar, a 20 metros da areia, e precisou ser retirada com maquinário. O mamífero foi enterrado na praia onde foi encontrado.
Nesta quarta-feira (28) mais duas baleias foram encontradas encalhadas em Santa Catarina: uma em Barra Velha e outra em Jaguaruna. As duas estavam mortas e em estágio avançado de decomposição. Uma equipe está em campo em Jaguaruna para tentar coletar amostras e realizar a biometria e sexagem. Em Barra Velha, a baleia que foi encontrada na Praia do Tabuleiro é um macho juvenil de cerca de oito metros. Não foi possível fazer a necrópsia para saber a causa da morte devido às condições do animal.
Continua depois da publicidade
> Baleia-jubarte faz “show particular” e encanta família em Florianópolis; veja o vídeo
A média de encalhes de jubartes no mês de julho em Santa Catarina está em 1,5 baleias por dia. Os especialistas não têm uma explicação para a quantidade elevada de ocorrências no Estado, mas temem que esse número tenha um aumento em agosto.
— Em maio, a média era de um encalhe a cada três dias. Em junho, um encalhe por dia, e agora um e meio. Agosto costuma ser o pico de encalhes da temporada. A gente teme que essa média continue subindo em agosto, esse é o pior cenário. O melhor cenário é se o pico de encalhe tiver se antecipado e agora diminua — explicou o médico veterinário e diretor do Instituto Baleia Jubarte, Milton Marcondes.
Leia também
Conheça os 16 animais mais estranhos e raros vistos em SC
Pescador é abocanhado e “cuspido” por baleia-jubarte
Conheça os hábitos e as histórias das baleias que visitam Santa Catarina no inverno