Com a implantação do Programa Mais Médicos, fico a pensar: por que não criamos também o Mais Professores? Está na hora de o governo fazer uma intervenção mais séria no setor da Educação, principalmente nos ensinos fundamental e médio. Em minha opinião, são essas fases da idade escolar que mais precisam de atenção especial dos governantes.
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O raciocínio é simples. Não adianta apenas ampliar o acesso da população ao ensino superior. Deve-se investir nas fases anteriores da aprendizagem, valorizando, inclusive, a carreira do professor em todo o país. Isto é, promover, num curto espaço de tempo, uma equiparação salarial com os professores do ensino superior. A gestão da carreira tem que ser federal, pois os municípios são muito diferentes entre si.
Se formarmos bem os alunos que frequentam o ensino básico e fundamental, teremos um universitário melhor, e, consequentemente, melhores médicos, engenheiros e advogados. A falta de qualidade na educação reflete no trânsito, no trabalho, nos consultórios médicos, num simples conserto em nossa casa.
Reparemos na dificuldade que o brasileiro tem de falar inglês, por exemplo. Afinal, ele não passou pela escola? Sim, mas ficou traumatizado com o que deveria aprender e não conseguiu. A maioria ou ficou sem professor ou mal passou do verbo to be. Isso também vale para o ensino do português. Basta lembrarmos as redações de vestibulares.
Atualmente, precisamos de profissionais para atender bem os turistas na temporada de verão, Copa do Mundo e Olimpíadas. Como ficamos? Esse aluno, mal ou bem formado, prestará algum tipo de serviço à sociedade e será o cidadão de amanhã. Para um país que figura entre as 10 maiores economias do mundo, fez-se muito pouco neste setor estratégico. Investimento na educação já!
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