Dois cemitérios que ficam a menos de dois quilômetros de distância um do outro, na zona Norte de Joinville, foram alvo de vandalismo, furto e até violação de cadáver. As cenas de violência assustaram os moradores. No Cemitério Canela, que fica ao lado da BR-101, em Pirabeiraba, cerca de cem túmulos foram depredados. O cenário era o de um arrastão.
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Os ladrões levaram parte da estrutura de metal dos vasos de flores e deixaram um rastro de destruição. Flores ficaram jogadas por todos os lados, vasos de mármore quebrados, acabamentos metálicos arremessados no chão e até crucifixos foram furtados. Os moradores suspeitam que os ladrões buscavam estruturas de alumínio para vender ou derreter.
– Não dá para entender o que fizeram aqui. Parece que é tudo por encomenda. O que não importava, ficou destruído – afirmou o presidente da Associação de Moradores do Canela, Amarildo Simões Pires.
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Ele e cerca de 20 moradores da região fizeram um protesto na manhã de ontem no cemitério para pedir mais segurança no local. O secretário da Subprefeitura de Pirabeiraba, Sidnei Sabel, esteve com os moradores e marcou uma reunião de emergência com a equipe da Secretaria de Proteção Civil (Seprot) e da Guarda Municipal. Sabel propõe instalar um sistema de monitoramento e uma agenda de rondas nos locais.
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– Temos algumas câmeras na secretaria. Vou pedir para o pessoal técnico avaliar como fazer da melhor forma (a instalação). E pedir para fazer algumas rondas para evitar que fiquem pessoas estranhas aqui no cemitério – disse Sabel.
Uma das cenas mais chocantes ocorreu no Cemitério do Rio Bonito, onde o corpo de Sandro Pereira Tomaz, assassinado na última terça-feira com 12 tiros, foi retirado do caixão e exposto entre os túmulos. Os vândalos também arrancaram parte da roupa do morto e deixaram o túmulo dele completamente destruído.
Ataque a cadáver
Segundo o coordenador dos cemitérios de Joinville, Alderico Fhibeen, há a suspeita de que as mesmas pessoas ou o mesmo grupo que matou Tomaz tenha violado o túmulo dele. O homem foi enterrado numa área pública, destinada a indigentes, sem a presença de familiares ou parentes. Após fazer o segundo sepultamento na tarde de ontem, Fhibeen levou o caso à Polícia Civil de Pirabeiraba para investigar.
VÍDEO: moradora gravou imagens de destruição no cemitério do Canela:
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