A adesão de Santa Catarina à greve nacional dos bancários foi alta já no primeiro dia. Nesta quinta-feira, 80% dos funcionários ligados à maior federação da classe pararam de trabalhar no Estado. A paralisação continua, sem previsão de data para terminar.
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De acordo com Leandro Spezia, coordenador geral da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito (Fetec-SC), a população não deve contar com nenhum tipo de atendimento dentro das agências, exceto o dos caixas eletrônicos.
Conforme Simara Pereira, diretora do Sindicato dos Bancários de Florianópolis e Região (Seeb), quase metade das agências da base, que abrange 21 cidades, estão fechadas. São quase 65 agências do Banrisul, Caixa Econômica, Banco do Brasil e demais bancos privados. Ela destacou que a novidade da paralisação deste ano é a maior participação dos funcionários em cargos de gerência dos bancos.
Na região da Capital, o Banrisul é o banco com maior adesão de funcionários à greve. Segundo Simara, todas as agências do banco estão fechadas.
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Mais cidades prometem aderir à greve
A Fetec confirmou a paralisação nas regiões de Florianópolis, Joaçaba, Chapecó, Criciúma, São Miguel do Oeste, Jaraguá do Sul , São Bento do Sul, Araranguá, Itajaí, Camboriú e Balneário Camboriú. Para cada região, são consideradas as cidades vizinhas. A entidade publicou uma nota informando que as regiões de Blumenau e Concórdia devem entrar em greve a partir da próxima segunda-feira, dia 23.
Leandro Spezia, diretor da Fetec, informou que as reivindicações da categoria foram enviadas aos empregadores no final de julho, mas que todos os pedidos foram negados. Entre os principais, estão melhores condições de trabalho, com a contratação de mais funcionários e o fim das altas metas para a venda de produtos bancários, assim como o aumento salarial de 11,9% e a elevação do piso de acordo com o valor previsto pelo Dieese, de R$ 2.860. Segundo Spezia, a categoria entrou em greve em todos os últimos 10 anos.
Por meio de nota, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) lamentou a paralisação neste momento , causando transtornos à população. As instituições bancárias, disseram respeitar o direito à greve e que farão o possível para garantir o acesso da população e funcionários às agências.
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