Foi só a chuva dar uma trégua para que o público lotasse os pavilhões da Marejada 2015 neste fim de semana. Além de receber os veleiros da Regata Jacques Vabre, no sábado, os mais de 72 mil visitantes que já passaram pelo local puderam conferir de perto a chegada dos 11 barcos da 12ª Regata Marejada. No domingo, foi a vez da prova in-port disputada entre as equipes Macif e Sodebo, que chegaram ao município após concluir a travessia transatlântica entre França e Brasil.

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Os dois timarãs largaram às 14h, próximo ao molhe, rumo a Itapema, onde contornaram algumas boias e retornaram a Itajaí. Nas duas cidades os moradores puderam acompanhar parte da travessia. No retorno, as equipes participaram da premiação da Regata Jacques Vabre, nos pavilhões da Marejada.

O barco Macif, comandado pelos franceses François Gabart e Pascal Bidégorry, se saiu melhor na travessia e foi o primeiro a chegar à Itajaí, na madrugada de sábado. Sete horas depois, o Sodebo cruzou a linha de chegada, levando 13 dias, 47 minutos e 38 segundos para fazer o percurso entre Le Havre e Itajaí. As duas equipes foram recepcionadas com champanhe, frutas e caipirinha.

– Estamos muito felizes com o resultado. A regata foi muito dura e nos últimos dois dias se tornou mais cansativa pra gente, pois quebrou o piloto automático. Com isso tivemos que ficar no leme o tempo todo – disse François Gabart, um dos ídolos da vela oceânica francesa.

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A disputa na classe Ultime ficou restrita às equipes Macif e Sodebo, já que os outros dois barcos – Prince de Bretagne e Actual – que participavam da categoria, tiveram problemas durante a corrida e abandonaram a regata. Essa foi uma das mais difíceis travessias, com o total de 17 desistências até o momento.

Os próximos barcos da regata só devem chegar à cidade no meio da semana. São esperados a partir da próxima quarta-feira os veleiros das classes Multi50 e Imoca. A Class 40, que tem o barco brasileiro Zetra, da dupla Eduardo Penido e Renato Araújo, deve demorar ainda mais: eles são esperados a partir do dia 20.

Itajaí Sailing Team é o fital azul da Regata Marejada

A Vila da Regata parou sábado para ver a premiação da 12ª Regata Marejada, que partiu de Florianópolis rumo a Itajaí. A equipe da casa, o Itajaí Sailing Team, foi o fita azul da regata (primeiro barco a cruzar a linha de chegada independente da classe), travando um belo duelo com Catuana Kin e Absoluto.

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A bordo do vencedor, o velejador André Fonseca, o Bochecha, que correu a Volvo Ocean Race, foi muito aplaudido pelo público que estava na Marejada:

– Foi uma regata muito bacana. Apesar da agenda corrida, quando recebi o convite do pessoal eu aceitei na hora. Eu conheço a maioria dos velejadores da equipe e isso foi importante. Todos fizeram um ótimo papel apesar das difíceis condições. Voltar para cá é muito gratificante e traz ótimas recordações – disse Bochecha.

Na Marejada, filas para comer sardinha na brasa

Se por um lado a trégua da chuva encheu os pavilhões da Marejada, por outro os amantes da sardinha na brasa precisaram ter paciência neste fim de semana. A iguaria mais querida da festa voltou a ser a mais disputada, registrando longas filas sábado e domingo.

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Mesmo com dois espaços para venda do produto, os caixas não conseguiram dar conta de atender o enorme número de pedidos. Porém, quem conhece a fama da estrela do evento nem se importou em esperar, como o casal itajaiense Thais e Leandro Dias. Eles saíram de casa preparados para a possível fila que teriam que enfrentar.

– A gente sempre vem à festa e queremos comer sardinha porque é um prato típico e que a gente não tem o hábito de fazer em casa. Então, tomamos café mais tarde e logo que chegamos viemos para a fila comprar. Vale a pena esperar – afirma Thais.

No entanto, o tempo de espera não agradou muita gente. Teve aqueles que ficaram irritados com o prazo dado nos caixas, cerca de 40 minutos. No sábado, não foi só a sardinha que deixou muita gente na espera. Os quiosques de chope também registraram filas e alguns tipos especiais da cervejaria Itajahy acabaram mais cedo tamanha a procura. Outra reclamação foi a falta de mesas e cadeiras para comer.

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– O pessoal já vem pra festa querendo experimentar a sardinha, até por conta de toda a divulgação. Neste ano, ampliamos os pavilhões e as opções de fast food, mas mesmo assim houve filas. Nesta segunda faremos uma reunião para avaliar a primeira semana e analisar o que podemos fazer para diminuir as filas e ampliar o número de mesas – explica o secretário de Turismo do município, Agnaldo Hilton Santos.

O secretário diz ainda que todas as atrações da festa também registraram bom público, como cinema, circo Biriba, Marejópolis, espaço SESC, simulador de montanha-russa, entre outros.

Confira mais informações sobre a Marejada 2015 clicando aqui.