Pouco mais de 680 cubanos foram deportados desde que os Estados Unidos colocaram fim, em 12 de janeiro, às vantagens migratórias que estimulavam a migração irregular, segundo a imprensa oficial de Cuba.
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Os meios de comunicação estatais disseram que 683 pessoas foram devolvidas à ilha a partir dos Estados Unidos ou quando tentavam entrar de forma irregular neste território pelo México, pelas Bahamas ou pelas Ilhas Cayman.
Apenas dos Estados Unidos foram deportados 40 cubanos em voos comerciais e 75 por via marítima. Outros dois chegaram em um voo charter na sexta-feira, de acordo com o jornal Granma e o site Cubadebate.
Nesse sentido, o México deportou 264 cubanos e recusou 144 que tentavam entrar ilegalmente pelos aeroportos, enquanto das Bahamas e Ilhas Cayman foram devolvidos 156.
Dias antes de deixar o poder, Barack Obama derrubou a chamada política “pés secos, pés molhados”, vigente desde 1995, que permitia aos cubanos que chegassem irregularmente a obtenção de residência nos Estados Unidos.
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Os cubanos eram os únicos cidadãos do mundo que desfrutavam deste benefício, o que, aos olhos do governo da ilha, estimulava a migração ilegal e o tráfico de pessoas.
O fim das vantagens migratórias foi a última medida que Obama tomou no âmbito de sua histórica aproximação com a ilha socialista, depois de meio século de hostilidades, e que agora promete ser revisada pelo presidente Donald Trump.
Segundo o Gabinete de Operações no Terreno do Serviço Alfandegário e Proteção de Fronteiras, 50.082 cubanos entraram nos Estados Unidos no ano fiscal de 2016. Desses, 38.310 o fizeram ilegalmente, e apenas 11.772 com visto.
Essa cifra supera os 36.700 que emigraram em embarcações precárias em 1994 na chamada “Crise dos Balseiros”, o segundo grande êxodo cubano para os Estados Unidos, após o de Mariel, em 1980, que envolveu 125.000 pessoas.
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* AFP