Alunos estão impedidos de ir à uma escola de Itapoá, no litoral Norte catarinense, por causa do atraso de uma obra. Os cerca de 600 estudantes fazem atividades em casa por conta de reformas no prédio educacional, que já perduram quase um mês após o início do ano letivo. As informações são da NSC TV Joinville.
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As obras no telhado e em parte da estrutura da Escola Municipal de Ensino Fundamental Euclides Emídio da Silva começaram em dezembro do ano passado, com estimativa de término em até sete meses. Até agora, a secretária de Educação, Luiza Montalvão, diz estar com 50% concluído.
— Desde o dia 5 de dezembro até hoje, mesmo em feriados, os trabalhos continuaram. Foram várias equipes para executar esse serviço com a empresa que é responsável, mas nós também contamos com a questão do tempo, então deu um atraso de duas semanas — disse.
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— As crianças estão recebendo atividades apostiladas para garantir a segurança delas enquanto não tivermos a possibilidade de alocar locais para atendê-las — acrescenta.
As aulas na rede municipal começaram no dia 6 de fevereiro. Os alunos do primeiro ao nono ano seguem com a distribuição de apostilas, entregues semanalmente, com atividades para fazer em casa.
A previsão é de que os alunos do primeiro ao quinto ano retornem no dia 7 de março, no espaço que é utilizado para o contraturno, anexo à escola. Já os alunos do sexto ao nono ano estão esperando um bloco de salas ser organizado pela empresa para poderem ser chamados.
Pais reclamam de decisões tomadas pela escola
O representante da comissão de pais, Rafael Nagel, entende que a escola deveria ter um plano alternativo para garantir que os alunos conseguissem frequentar a escola presencialmente.
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— A cobrança foi de, como que se inicia uma obra desse tamanho sem ter um plano B, C, D. Tem que ter um plano — falou.
A diretora pedagógica da Secretaria de Educação, Vânia da Silva, não vê os atrasos como algo que gere prejuízo para a aprendizagem e afirma que os estudantes terão aulas de reforço.
— Aquelas crianças que têm maior dificuldade de aprendizagem estão vindo aqui para ter apoio. A gente vai disponibilizar reforço de português e matemática — disse.
Escola pretende montar salas de aula improvisadas
Para voltar a ter aulas, a ideia da escola é isolar um dos blocos com quatro salas de aula e um banheiro, com tapumes e telas, para que os estudantes não tenham contato com a obra. Porém, a medida não é aprovada pela maioria dos pais. O medo é que o déficit educacional, que vem desde a pandemia, permaneça, e possa atrapalhar as aulas dos alunos.
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— Como vão prestar atenção nas atividades com o barulho de uma betoneira, de uma furadeira, martelo, britadeira. Eles precisam realmente de um espaço, mas um espaço seguro — falou Carolina Caldeira, mãe de estudante.
*Sob supervisão de Lucas Paraizo
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