Os serviços de inteligência da Interpol identificaram mais de 4 mil combatentes estrangeiros que se juntaram à jihad em países em conflito, anunciou nesta quarta-feira o secretário-geral dessa organização, Jurgen Stock, em Barcelona.
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– Em setembro de 2014, menos de 900 terroristas estrangeiros tinham sido identificados pela Interpol. Hoje, menos de um ano depois, mais de 4 mil perfis estão disponíveis em nosso banco de dados – disse Stock.
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O secretário-geral da organização policial deu início em Barcelona aos trabalhos entre as diferentes forças de segurança atribuídas à Interpol para tentar melhorar a cooperação no combate ao terrorismo, especialmente para tratar do fenômeno de combatentes estrangeiros.
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Stock propôs duas linhas de ação: encorajar os países a compartilhar informações sobre combatentes estrangeiros e garantir o acesso a estes dados às autoridades competentes.
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– Temos que lembrar que, embora a informação seja cada vez mais partilhada através das fronteiras, este processo ainda é muito mais lento do que o recrutamento de combatentes estrangeiros que viajam de ou para áreas de conflito – disse ele.
– Ainda há uma lacuna entre o número de combatentes terroristas estrangeiros que identificamos e aqueles que acreditamos que atingiram áreas de conflito. Temos que trabalhar para diminuir essa distância – afirmou.
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Em uma reunião na sexta-feira, o Conselho de Segurança das Nações Unidas alertou para um “aumento do recrutamento por grupos extremistas” e pediu “o reforço da cooperação internacional”, um fenômeno que põe em perigo “tanto as zonas de combate quanto seus países de origem”.
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Ele estimou em 25 mil o número de estrangeiros atualmente lutando para grupos como Al-Qaeda ou Estado Islâmico em mais de 100 países.
*AFP