Além dos três torcedores do Vasco presos preventivamente, a Polícia Civil de Joinville afirma já ter identificado mais de 30 pessoas na pancadaria generalizada ocorrida entre vascaínos e torcedores do Atlético-PR na Arena na tarde de domingo. De acordo com o delegado regional, Dirceu Silveira Junior, essas identificações estão ocorrendo com apoio da polícia carioca e por meio de denúncia. Porém, dentre essas 30 pessoas, há a confirmação de que aproximadamente 13 tiveram algum envolvimento.
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– No mínimo 13 estão presentes no ambiente e, de alguma maneira, tiveram participação naquele cenário – explicou Dirceu.
O delegado Paulo Reis, da Divisão de Homicídios, que preside o inquérito policial instaurado para identificar quem são os torcedores envolvidos na pancadaria, acrescenta que o número exato de pessoas ainda não pode ser definido, pois a polícia precisa identificar quem assumiu a posição de agressor e quem foi vítima. Os nomes não serão divulgados antes que o inquérito seja concluído, para não prejudicar a investigação.
– Temos que colher provas de cada indivíduo naquele tumulto e o que cada um fez. É preciso analisar as imagens caso a caso. Trata-se de uma confusão generalizada. Às vezes, a pessoa é autora e também configura como vítima. Mas, o nosso foco é nos autores das agressões – destacou Paulo Reis.
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O reconhecimento de novos participantes da barbárie está sendo feito por meio da análise de imagens disponibilizadas pela imprensa e por testemunhas. Assim que forem identificados, os suspeitos serão intimados para prestar depoimento. O delegado pretende concluir o inquérito dentro do prazo legal de 30 dias.
O Jornal Nacional noticiou na noite de terça-feira que a Polícia Civil carioca já identificou sete torcedores do Vasco nas imagens divulgadas. Entre eles, o presidente da torcida organizada do Vasco, a Força Jovem, Bruno Fett, como foi informado pelo “AN” ainda na noite de domingo.
De acordo com Dirceu, até a manhã desta quarta, o e-mail (denunciajogojoinville@pc.sc.gov.br) criado pela polícia para ajudar nas investigações já havia recebido mais de 20 mensagens com informações sobre a confusão. Quanto aos quatro torcedores que tiveram que ser hospitalizados após a briga, o delegado regional voltou a afirmar que eles seguem sendo investigados.
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– Temos que verificar se eles foram tão somente vítimas ou se também tiveram participação – esclareceu.
Os três torcedores que estão presos no Presídio Regional de Joinville também podem ser intimados para depor. Eles estão em uma cela isolada dos demais presos por questões de segurança. Até o final da tarde de ontem, nenhum advogado havia se apresentado na 1ª Vara Criminal para fazer a defesa dos torcedores presos em flagrante.