Mais de 30 pacientes foram chamadas para refazer uma cirurgia na bexiga em Criciúma, no Sul de Santa Catarina. Todas sofriam de prolapso genital, também conhecido como bexiga baixa. O problema é comum em mulheres com mais de 40 anos, que já tiveram filhos. Nos casos mais graves, a saída é uma cirurgia chamada sling. Uma tela é colocada abaixo do canal da bexiga para sustentar o órgão no lugar certo.

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Porém, o material usado nos procedimentos é indicado para cirurgias de hérnia, e não para as realizadas nas pacientes de Criciúma. Uma delas é Marines Kauffman, de 48 anos. A paciente diz que a tela, além de não resolver o problema, trouxe outras complicações. O medo dela é o risco de ter uma hemorragia.

As pacientes estão sendo chamadas para refazer a cirurgia. O modelo usado pela secretaria de Saúde de Criciúma custa quase metade do valor do material para o implante de sling, uma fita indicada para as mulheres com incontinência urinária. Este material é importado e o preço pode chegar a R$ 1,6 mil. Segundo a secretaria de saúde do município, as mulheres que se submeteram ao procedimento vão receber, agora, o material mais caro.

Algumas pacientes já refizeram a cirurgia, mas ainda não sabem se o problema foi resolvido. O urologista Cristiano Ribeiro alerta que as pessoas precisam saber sobre o que está sendo utilizado nos procedimentos, para os casos em que ocorrerem complicações e precisarem repassar informações ao médico.

A médica que realizou as cirurgias se comprometeu a atender todas as pacientes que tiveram algum problema.

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