Dados do Censo Demográfico de 2022, divulgados nesta sexta-feira (8), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Pesquisa (IBGE), mostram que 3.103 pessoas moram em sete favelas e comunidades urbanas de Joinville. Conforme os números, a maior cidade do Estado é a 10ª na lista de população nessa situação em Santa Catarina.
Continua depois da publicidade
Clique aqui para receber as notícias do NSC Total pelo Canal do WhatsApp
O local mais populoso é o José Loureiro, no bairro Ulysses Guimarães, com 1,07 mil pessoas em 337 domicílios. Em seguida, o Jardim Edilene, no bairro Paranaguamirim, com 800 pessoas em 261 domicílios; e a Comunidade Machado, no bairro Morro do Meio, com 377 pessoas em 106 domicílios.
Há sete favelas e comunidades urbanas em Joinville
Os números também mostram que na Rua Itajubá há 251 pessoas em 94 domicílios; na Urbanização Rosa Horstmann há 250 pessoas em 81 domicílios; na Ocupação Novo Rio Velho, no bairro Paranaguamirim, há 241 pessoas em 82 domicílios; e na Comunidade Nova Esperança, no bairro Fátima, há 177 pessoas em 51 domicílios.
Continua depois da publicidade
Em proporção ao total de habitantes, dos 654.888 mil moradores, conforme o IBGE, apenas cerca de 0,50% vivem em favelas e comunidades urbanas de Joinville. Os dados também revelam que 95,6% dos moradores dessas regiões são alfabetizados.
Outras 24 cidades de Santa Catarina também aparecem no levantamento. Levando em consideração o número de pessoas, a lista do IBGE é liderada por Florianópolis, com 43.040, seguida de Blumenau, com 18.346, e Palhoça, com 8.135. Joinville aparece na 10ª colocação.
Homens jovens e brancos predominam
As favelas e comunidades urbanas de Joinville são ocupadas majoritariamente por homens, sendo a maioria jovens, com média de idade de 26 anos. A cor ou raça que predomina nos locais, conforme o IBGE, é branca, sendo 52,5%.
Ainda segundo o Censo, 0,52% da população que reside em favelas e comunidades urbanas de Joinville é considerada indígena.
Continua depois da publicidade
Censo aponta redução de favelas e comunidades urbanas
Em Joinville, em comparação com o Censo 2010 do IBGE, havia 10 pontos dos chamados aglomerados subnormais, enquanto o Censo 2022 apontou uma redução de três. Em relação à população vivendo nessa situação, havia 7.198 pessoas, e houve uma redução de aproximadamente 56,9%.
Na época, em comparação com outras 14 cidades de Santa Catarina, Joinville ocupava o terceiro lugar, enquanto com os dados do Censo 2022, desceu sete posições na lista. O local mais populoso também era o José Loureiro, que, de acordo com o Censo 2010, havia 791 domicílios e 2.902 pessoas. A redução foi de 454 domicílios e 1.895 pessoas.
Quais os critérios usados pelo IBGE
A identificação dessas áreas foi aperfeiçoada durante o último Censo, assim como o mapeamento e a classificação desses territórios.
Segundo o IBGE, para identificação das favelas e comunidades urbanas são utilizados os seguintes critérios:
Continua depois da publicidade
- Predominância de domicílios com graus diferenciados de insegurança jurídica da posse, e, pelo menos, um dos demais critérios abaixo:
- Ausência ou oferta incompleta e/ou precária de serviços públicos (iluminação elétrica pública e domiciliar, abastecimento de água, esgotamento sanitário, sistemas de drenagem e coleta de lixo regular) por parte das instituições competentes, e/ou
- Predomínio de edificações, arruamento e infraestrutura que usualmente são autoproduzidos e/ou se orientam por parâmetros urbanísticos e construtivos distintos dos definidos pelos órgãos públicos; e/ou
- Localização em áreas com restrição à ocupação definidas pela legislação ambiental ou urbanística, tais como faixas de domínio de rodovias e ferrovias, linhas de transmissão de energia e áreas protegidas, entre outras, ou em sítios urbanos caracterizados como áreas de risco ambiental (geológico, geomorfológico, climático, hidrológico e de contaminação).
Continua depois da publicidade
Sendo assim, o IBGE classifica o termo “favelas e comunidades urbanas” como territórios populares originados das diversas estratégias utilizadas pela população para atender, geralmente de forma autônoma e coletiva, às necessidades de moradia e usos associados (comércio, serviços, lazer, cultura, entre outros), diante da insuficiência e inadequação das políticas públicas e investimentos privados dirigidos à garantia do direito à cidade.
Leia também
SC é o estado com mais favelas e comunidades urbanas concentradas fora da Capital