Apenas no mês de fevereiro, 6,3 mil ostras foram furtadas da produção de Jaime Barcelos, dono do Ostradamus. Desde o ano de 2012, ele relata uma série de sumiços no viveiro do Ribeirão da Ilha, sempre de madrugada, com um prejuízo contabilizado em mais de R$ 15 mil – se virassem prato no restaurante do empresário custariam pelo menos R$ 50 mil. O empresário registrou boletim de ocorrência ontem, na 2ª Delegacia de Polícia de Florianópolis, no bairro Saco Grande.
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O primeiro caso ocorreu em outubro de 2012, véspera do início de uma temporada. Foram 60 cestos furtados, cada um com 25 dúzias, somando uma perda de 18 mil ostras. Durante todo o ano de 2013, Jaime ainda perdeu periodicamente pequenas porções, como dois ou três cestos.
– Acredito que no inverno de 2013 os roubos foram para consumo próprio. Mas é alguém que sabe o que está fazendo – contou Barcelos.
A partir do início deste ano, os números voltaram a aumentar. Em janeiro, foram 7 cestos, em um total de 2,1 mil ostras furtadas. E, em fevereiro, o montante triplicou: foram 21, num total de 6,3 mil ostras. A 2ª Delegacia de Polícia informou não haver suspeito até o momento e que dará sequência normal à investigação, que está com o delegado Jaime Martins.
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Empresário afirma que ladrão conhece bem ostras
A produção de ostras diminui no verão e a melhor época para cultivá-las é o inverno, nos meses de junho, julho e agosto. As ostras de Barcelos são do tipo triploide, produzidas no laboratório BWA – Aquaculture Ltda., do bairro Morro das Pedras. Esse tipo de semente é mais resistente ao calor e é possível cultivá-las no verão. Segundo o empresário, quem está levando as ostras tem conhecimento do assunto porque escolhe só as que estão prontas para serem retiradas da água.
Barcelos ainda informou que um dos furtos foi realizado com o próprio barco que estava ancorado no trapiche do restaurante dele e que depois do furto, ainda ancorou a embarcação no mesmo local. Ele contratou um segurança por alguns meses, que não conseguiu avistar nenhum dos casos.
Também instalou uma câmera especial que captura imagens à noite e custou R$ 15 mil. Durante o tempo em que as filmagens foram feitas, por cerca de um mês não ocorreram furtos. Depois que o equipamento estragou, o sumiço voltou a acontecer.
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