Pouco mais de duas semanas após um prédio na Avenida Beira-Mar Norte, em Florianópolis, ser evacuado por risco de colapso, moradores ainda não podem voltar aos apartamentos. Segundo a Defesa Civil, o edifício segue interditado enquanto o órgão aguarda o envio de documentações por parte do condomínio.

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A evacuação do prédio aconteceu no dia 15 de janeiro, após uma viga se romper. O corre-corre dos moradores para sair e retirar o que era possível marcou o dia. Desde então, portas e janelas seguem fechadas. Prédios ao redor, apesar do susto, não foram interditados.

A reportagem tentou contato com o condomínio e com a empresa responsável pela reforma no local, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto.

Relembre o rompimento de viga que causou evacuação

O rompimento de uma viga foi o que causou a evacuação do prédio, conforme Luiz Eduardo Machado, superintendente da Defesa Civil de Florianópolis. Por conta disso, o prédio localizado em frente ao Bolsão da Casan, na esquina entre a Travessa Abílio de Oliveira e a Avenida Jornalista Rubens de Arruda Ramos, corria risco de colapsar.

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Risco de colapso em prédio da Beira-mar Norte é confirmado por conselheira do CREA

— Teve um elemento bastante importante da estrutura, que era um pilar e algumas vigas que estão completamente comprometidas, [onde] houve um rompimento dessa viga. Ela rompeu completamente e não exerce mais a sua função de absorver esses esforços e dar estabilidade para a edificação […]. O que os técnicos da engenharia nos passaram é que havia um risco, e há um risco ainda iminente de novos colapsos. Eles não entenderam que haveria um tombamento exacerbado por um lado ou outro, mas que poderia, de alguma forma, repuxar ou puxar o prédio — explica.

Prédio na Beira-Mar Norte, em Florianópolis, é esvaziado por risco de queda

Os moradores, segundo a Defesa Civil, foram para a casa de parentes e hotéis da região. Alguns conseguiram voltar nos dias seguintes para buscar pertences.

Agora, uma empresa contratada pelo condomínio trabalha na estabilização da estrutura. Para que os moradores possam voltar a morar no local, ainda será necessária uma nova etapa, que não tem prazo para ser finalizada.

— Assim que terminar a estabilização emergencial, a gente reavalia e os moradores provavelmente vão poder voltar para tirar os pertences. Mas a liberação integral da edificação só vai acontecer ao final do reforço. Então são duas etapas: o plano de trabalho emergencial de estabilização e, depois, o plano de trabalho de reforço. Ao final desse reforço, com concreto e talvez novos elementos estruturais, que vão ser instalados desde o subsolo, é que vai acontecer a liberação geral por parte da Defesa Civil e o uso regular por parte dos moradores — pontua Machado.

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Confira fotos do prédio

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