Thayana é estudante de relações internacionais na Universidade de Brasília. Linn é transexual, apresentadora de TV comunitária. Monica é economista formada nos Estados Unidos. Yan faz curso técnico para ser mecânico de refrigeração. O que essas pessoas têm em comum? Todas fazem parte de um universo de pelo menos 2.060 voluntários que trabalham para a Rio+20.

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Há dois tipos de voluntariado: oficial e governamental. O oficial é da organização da conferência junto com a Organização das Nações Unidas (ONU), no qual 1,7 mil pessoas – já selecionadas e treinadas – irão ajudar de várias maneiras durante o evento.

Thayana Tavares Correia, 19 anos, foi selecionada no perfil de profissionais que pudessem arcar com custos de passagem e estadia. Vai passar um tempo na avó, que mora em Copacabana.

Do outro lado da cidade, no bairro Giruá, vive Yan Alves Ferreira, 19 anos. Ele se enquadra na categoria de jovens cariocas de baixa renda, que frequentam curso técnico. Ainda houve gente selecionada com as mesmas condições, porém alunos do Ensino Médio.

Seja qual for o grau de instrução, pelo menos 360 moradores de comunidades cariocas irão apresentar a quem quiser ver o que é produzido de bom “lá em cima”, como fala Monica Ryalls, 37 anos. É o voluntariado governamental. O Estado do Rio fez com que seis comunidades se organizassem para receber turistas, com tours e feiras.

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Ideia é mostrar a cultura local

– A ideia é expor o que eles têm em termos de cultura, serviço, educação, e mostrar o que creem ser um futuro melhor para eles – resume Daniel Misse, superintendente de territórios da secretaria de Estado de Assistência Social de Direitos Humanos.

Linn Falcão, 38 anos, nasceu menino no complexo do Vidigal. Hoje, é transexual. Apresentadora de TV comunitária, espera que com a Rio+20 suas novidades se espalhem:

– Do Vidigal para o mundo!