Um total de 2.600 refugiados sírios partiram nesta quarta-feira das ilhas gregas rumo a Tessalônica, a segunda cidade do país, a bordo de uma balsa que as autoridades enviaram para aliviar a pressão migratória sobre estes territórios do mar Egeu.
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A balsa grega “Eleftherios Venizelos” abandonou a ilha de Kos com 1.700 sírios a bordo e deve chegar a Tessalônica na noite desta quarta-feira depois de fazer escala em Kalimnos, Leros e Lesbos para recolher outros 900 migrantes procedentes da Síria, segundo as autoridades gregas.
Ônibus recolherão os sírios em Tessalônica para conduzi-los até a Macedônia, país fronteiriço com a Grécia, segundo a mesma fonte.
Na Grécia, os sírios se beneficiam de um regime prioritário e menos rígido que o dos migrantes afegãos ou paquistaneses.
Desde janeiro, cerca de 160.000 migrantes – originários sobretudo de zonas em guerra como Síria, Afeganistão ou Iraque – chegaram às ilhas gregas do Egeu a partir da costa da Turquia, segundo o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR).
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Várias ONGs criticam as miseráveis condições de vida dos migrantes nestas ilhas, onde são obrigados a dormir ao relento durante muitos dias e a sofrer períodos de espera intermináveis antes de poder se registrar e abandonar o local.
“A situação está fora de controle”, disse Michalis Kolias, prefeito da ilha de Leros, situada no arquipélago do Dodecaneso (sudeste), em uma carta dirigida ao governo na qual exigiu ajuda para administrar a chegada de refugiados.
Segundo ele, a vida dos migrantes, dos habitantes e dos turistas da ilha está em risco por culpa dos problemas de saúde provocados pela superpopulação.
* AFP