Mais de 1,8 mil vítimas de acidentes com motocicletas foram atendidos este ano no Hospital Regional. Essa demanda que vem das ruas e rodovias da Grande Florianópolis superlota a emergência e afeta até mesmo a vida de quem está na fila por uma cirurgia eletiva.
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– Essas filas não andam porque o Regional atende muitos traumas e falta espaço para realizar a eletiva – explica a supervisora de Regulação da Secretaria de Saúde do Estado, Karin Cristine Geller Leopoldo.
A superlotação no Hospital Regional poderia ser amenizada com o uso da capacidade ociosa de instituições menores na Grande Florianópolis, aptos, inclusive, a atender motociclistas acidentados. No entanto, a maior parte dos pacientes ou familiares recusa a transferência.
– A cirurgia de uma fratura de perna, que demora alguns dias no Regional, poderia ser feita no Hospital Florianópolis ou Hospital de Santo Amaro, que são referência em ortopedia – exemplifica Karin.
– Há dificuldade de compreensão de que não é preciso estar em um hospital maior para ter atendimento de qualidade. Hospitais menores são especialistas em determinados atendimentos. Muitos dos médicos são os mesmos que operam no Regional – explica
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As emergências acabam prejudicando outros pacientes, pois travam a fila de cirurgias eletivas.
Outro problema é o índice de pacientes que faltam a consultas, exames e procedimentos marcados. O percentual chega a 37%. Por isso, a Secretaria da Saúde estuda adotar novas normas de conduta, até mesmo multar quem confirma presença e não aparece.
Ouça a entrevista de Karin Cristine Geller Leopoldo ao Direto da Redação desta sexta-feira.