A Federação Internacional de Jornalistas (IFJ) anunciou nesta quarta-feira que 171 jornalistas e outros empregados de meios da comunicação morreram em 2007 no exercício da profissão, um número que confirma “níveis extremos de violência” contra esses profissionais pelo terceiro ano consecutivo. O Iraque, com 65 mortes, voltou a ser o país mais perigoso para a imprensa, seguido de Somália (8), Paquistão (7), México (6), Sri Lanka (6) e Filipinas (5).
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– A extensão dos ataques contra jornalistas testemunha uma crise persistente, marcada por uma tragédia sem fim, e por ataques incessantes contra a liberdade de imprensa – afirmou o presidente da entidade, Jim Boulmelha.
O relatório volta a evidenciar que os jornalistas mais vulneráveis são aqueles que trabalham em seu próprio país. No Iraque, por exemplo, apenas uma vítima trabalhava em veículo estrangeiro. Os números sobre jornalistas mortos em toda a América Latina por suas reportagens sobre tráfico de drogas, grupos criminosos e corrupção política também são preocupantes, casos que a o IFJ tornará públicos de maneira detalhada em meados do mês.
A associação, que reúne os números em cooperação com o Instituto Internacional para a Segurança da Informação, denuncia a “impunidade” com que se cometem muitos desses crimes. Na apuração, se leva em conta tanto os assassinatos deliberados quanto as mortes durante a cobertura de fatos violentos, assim como os acidentes em trânsito ao fazer uma reportagem.
– Queremos render uma homenagem aos companheiros que enfrentam o perigo para tentar informar a seus concidadãos e continuaremos com nossa batalha para conseguir uma melhora das condições de segurança na profissão – assegura a IFJ.
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