A insegurança alimentar severa, que afligia 17,2 milhões de brasileiros em 2022, caiu para 2,5 milhões em 2023, o que representa uma queda de 85%. Os dados são do Relatório das Nações Unidas sobre o Estado da Insegurança Alimentar Mundial (SOFI 2024), divulgados nesta quarta-feira (24), no Rio de Janeiro. Apesar da queda significativa, o Brasil continua no Mapa da Fome.
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Segundo a metodologia da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), a insegurança alimentar severa é quando a pessoa está de fato sem acesso a alimentos, e passa um dia inteiro ou mais sem comer. O conceito representa a fome concreta que, se mantida regularmente, leva a prejuízos graves à saúde física e mental, sobretudo na primeira infância, no desenvolvimento e na formação cognitiva.
— Os dados das Nações Unidas indicam que estamos no caminho certo. Em apenas um ano de governo, reduzimos a insegurança alimentar severa em 85%. Tiramos 14,7 milhões de brasileiros e brasileiras dessa condição — diz o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias.
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O Brasil saiu do “Mapa da Fome” em 2014 e se manteve na posição até 2018. Entre 2019 e até 2022, contudo, vinha em tendência de crescimento da pobreza, extrema pobreza e insegurança alimentar e nutricional. Voltou ao Mapa da Fome no triênio 2019-2021 e se manteve no triênio 2020-2022.
— Os dados desta edição nos deixam ainda mais confiantes de que iremos retirar o Brasil do Mapa da Fome no triênio 2023 a 2025 — declarou o Ministro Wellington Dias.
Dados mundiais
No âmbito mundial, estima-se que 733 milhões de pessoas no mundo estavam em situação de fome em 2023, praticamente o mesmo número apontado na edição 2022: 735 milhões de pessoas.
Segundo as projeções do relatório, se a tendência se manter, 582 milhões de pessoas ainda estarão cronicamente desnutridas em 2030. Segundo o ministro Wellington Dias, o mundo não está conseguindo “retomar os trilhos do combate à fome e à pobreza” mesmo com o fim da pandemia.
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De acordo com o relatório, a prevalência da insegurança alimentar moderada ou grave permaneceu praticamente inalterada na África, Ásia, América do Norte e na Europa entre 2022 e 2023, e se agravou na Oceania. Em contrapartida, o relatório registra progressos notáveis na América Latina, em parte em função dos resultados do Brasil.
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