Mais de 13 milhões de xiitas concluíram nesta terça-feira (30) a peregrinação do Arbain em Kerbala, cidade santa do centro do Iraque, sob fortes medidas de segurança em um país que declarou, há menos de um ano, ter vencido o grupo extremista Estado Islâmico (EI).
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Esta peregrinação, uma das maiores celebrações religiosas do mundo, reuniu nos últimos dias mais de 13 milhões de fiéis, vindos principalmente do Iraque e do Irã, segundo as autoridades.
O Arbain é uma das festas mais importantes do calendário xiita. Marca o fim dos 40 dias de luto pela morte do profeta Maomé, o imã Hussein, assassinado no ano 680 pelas tropas do califa omeia Yazid durante a batalha de Kerbala.
Vestidos de preto, milhares de homens, mulheres e crianças golpeavam a cabeça ou o peito ao ritmo de orações, tentando tocar a tumba do neto do profeta no mausoléu de cúpula dourada em Kerbala.
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Neste santuário, localizado centenas de quilômetros ao sul de Bagdá, cruzaram-se fiéis iraquianos, iranianos, libaneses, paquistaneses e afegãos.
Como é tradição, costumam-se oferecer aos fiéis almoços fartos, chá e inclusive massagens para os que caminharam centenas de quilômetros para chegar ali.
Nos acessos à província de Kerbala, as forças de segurança revistaram os peregrinos e seus veículos, para deixar seguras as centenas de quilômetros de estradas que levam à cidade santa. Helicópteros também foram mobilizados.
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A segurança das cerimônias, que no ano passado reuniram 14 milhões de fiéis, é uma preocupação central para as autoridades no Iraque, onde os locais santos ou congregações xiitas foram em muitas ocasiões alvo de ataques dos extremistas sunitas.
* AFP