O fim de semana foi movimentado na Vila da Regata, em Itajaí. No domingo, ao meio-dia, o visitante de número 100 mil passou pelo portão de acesso do Centreventos. Até o fim da tarde a organização já havia contabilizado cerca de 120 mil pessoas em dez dias de evento. O sol que brilhou durante todo o sábado e a chegada de três veleiros no domingo animou público e os turistas que passaram pelo local.
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O domingo, que intercalou com tempo fechado, chuva e instantes de sol, foi diferente, já que a principal categoria da Regata Jacques Vabre conheceu seu campeão. O veleiro PRB cruzou a linha de chegada às 10h41min, conquistando o título da classe Imoca 60. À tarde o vice-campeão, Safran, e o terceiro colocado, Maître CoQ, foram recepcionados com festa pelo público que se espremeu nas grades do píer.
Mesmo os trimarãs sendo mais rápidos (modelo das categorias MOD70 e Multi 50, que já chegaram em Itajaí), o Imoca é a categoria mais prestigiada. Vincent Riou, que formou a dupla campeã com Jean Le Cam, é um dos maiores ídolos do esporte na França. Para ele, disputar uma regata com um veleiro de 60 pés é como chegar na patente mais alta no Exército:
– Quem me dera se pudesse participar de uma travessia transatlântica em um barco de 60 pés com menos idade – declarou o atleta, que tem 41 anos.
Resultado apertado
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A disputa acirrada deu uma pitada a mais de emoção na categoria. A diferença do PRB para o Safran foi de quatro horas. Já entre o segundo e o terceiro colocado, foram apenas 31 minutos de vantagem.
A previsão era de que o quarto colocado da categoria, Cheminée Poujoulat, chegasse até meia-noite de ontem. Outros veleiros da Imoca devem chegar durante o dia de hoje, mas até o fechamento desta edição a organização não havia divulgado os horários.
Público encantou os velejadores
Assim como na chegada dos outros veleiros, o público deu um show à parte. Muita gente fez o possível para ver a chegada dos barcos, especialmente durante à tarde. Em todo o canto, câmeras fotográficas, celulares e até tablets eram erguidos ao alto para registrar o momento. Boa parte das pessoas portava uma bandeira do Brasil e aplaudiu os atletas, que foram recepcionados pela Banda da Marejada, interpretando canções brasileiras.
Depois disso, os três primeiros colocados foram até o palco para receber a premiação e, acompanhados por um grupo de percussão e pelos mascostes da festa passaram no meio do público, sendo sempre muito aplaudidos.
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– Nunca vi nada disso. Foi uma emoção ver tanta gente me aplaudindo. Estou muito feliz pelo reconhecimento – disse Christopher Pratt, do Maître CoQ.
Pratt também destacou o equilíbrio entre os competidores. Para ele, isso só reforça a força da categoria.
– São barcos praticamente idênticos, o que dá mais emoção à disputa, já que são os velejadores que precisam adotar as melhores estratégias para fazer o barco andar mais. Acredito que cada vez mais a categoria ganha força em toda Europa, não só na França – destacou.