O catarinense com mais lutas na história do UFC tem mais um desafio amanhã. Thiago Tavares, 30 anos, encara o norte-americano Clay Guida, 33, em uma dos duelos preliminares do evento no Ginásio do Ibirapuera.

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Confira o card e o horário do UFC São Paulo

A 17ª luta dentro da maior organização de MMA do mundo já não traz mais tanta preocupação para o manezinho. Muito pelo contrário, já que Thiago Tavares vive uma fase centrada, até mais zen, dentro e fora do período de competição. Com o início dos treinamentos sendo realizados na cidade de Phuket, na Tailândia, e finalizando dentro do seu time, em São José, o catarinense se diz pronto para o desafio, que é complicado, mas não o maior de todos.

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– O maior nome é complicado, já que lutei contra Spencer Fisher, Sam Stout e Khabib Nurmagomedov. Sem dúvida, ele (Clay Guida) é um grande desafio, tanto que venceu os dois últimos campeões pesos-leves (Anthony Pettis e Rafael dos Anjos). Eu tô esperando uma guerra, estou bem preparado para isso, bem treinado e bem de cabeça – explicou o lutador.

Assista ao vivo à pesagem do UFC São Paulo, nesta sexta

Pela 20ª vitória

Dono de seis bônus de 50 mil dólares do UFC, sendo quatro por luta da noite e outros dois por performance e melhor finalização, Thiago Tavares sabe que se ficar pensando apenas no dinheiro o resultado pode não ser o esperado, como ele diz.

– Hoje eu sou um veterano (risos). Já aprendi com meus erros e falhas. Quando eu era novo, tinha uns 22 anos, fiz uma luta que eu estava batendo no cara e comecei a pensar no dinheiro que eu iria ganhar. Ao invés de terminar a luta eu pensei no bônus. Foi um erro, né? Eu perdi, já faz uns poucos anos (risos).

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Confira um bate-papo com o lutador, que espera subir no octógono para comemorar a 20ª vitória na carreira.

Foto: JORGE JR./NA GUARDA

Hora – Que lição conseguiu tirar da derrota para Brian Ortega, em junho

Thiago Tavares – Para mim foi a pior apresentação que eu fiz, e não é só porque eu perdi. Lutei, cometi erros que não cometo, mas não tô tirando os méritos do

cara (Ortega). Porém, mesmo com a derrota, consegui fazer um dia bom. Perdi, mas com honra, lutando até o final. Tanto que está concorrendo como a melhor do ano.

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Hora – Ir para a Tailândia, já por duas vezes, tem influenciado no teu estilo de luta e de vida?

Thiago – É um lugar muito parecido com Florianópolis, é uma ilha, a cidade de Phuket. Me sinto bem lá, o treino é muito forte e as amizades que eu fiz são ímpares, por isso resolvi voltar pra lá. Mas agora eu tô com muita saudade do meu afilhado, que mora nos Estados Unidos. Tenho pensado constantemente nele.

Hora – Você já não sente mais pressão quando luta após um mal resultado

Thiago – Depois de um tempo você começa a aprender, não que eu

aceite as derrotas, mas você entende. A próxima luta vai ser igual, não sei se vou ganhar ou se vou perder, mas o Thiago Tavares, o manezinho, vai entrar lá e fazer o que tem que ser feito. Se o cara me superar é porque foi melhor que eu, mas se der mole eu arranco a cabeça dele (sorriso).

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Hora – Vives o teu melhor momento?

Thiago – É a minha fase mais centrada. Tive várias fases mais jovem, mas tô num momento muito bom da minha vida. Treinando bem, consciente em todas as minhas habilidades e confiante.

Hora – Como faz para administrar os treinos e também cuidar da carreira dos lutadores da equipe?

Thiago – Já foi mais difícil, mas hoje em dia estou com um pessoal casca-grossa e determinado, que está correndo atrás. Não é uma colônia de férias isso daqui. A academia é tocada pelo meu sócio (Ricardo Bortoluzzi), e eu não me meto, tá tocando muito bem. Na parte do time eu tenho a ajuda do Guiga (Meirelles) e está fácil. Temos um grupo profissional, que está vivendo da luta e que chega e deixa tudo dentro do tatame. Não é vir aqui e querer postar foto no Instagram, é chegar e treinar duro.

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