Mergulhadores italianos encontraram neste domingo mais 32 corpos de imigrantes vítimas de um naufrágio em frente à ilha de Lampedusa na quinta-feira, uma “tragédia” que não pode ser repetida, segundo a ministra italiana de Integração.
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A operação de recuperação dos cadáveres, suspensa na sexta-feira em consequência do mar agitado, foi retomada na manhã de domingo e permitiu recuperar 32 corpos. O balanço agora é de 143 corpos recuperados, de quase 500 migrantes, em sua maioria da Eritreia e Somália, que viajavam em um barco clandestino que havia zarpado da Líbia e que afundou na madrugada de quinta-feira após um incêndio acidental. No total, 155 pessoas foram resgatadas com vida, incluindo o comandante da embarcação, e as autoridades temem um balanço final de 300 a 360 mortos.
As autoridades cogitam resgatar os destroços do barco, afundado a meio quilômetro da costa e a 47 metros de profundidade, para continuar com a busca. Antes de viajar a Lampedusa, a ministra italiana da Integração, a italiano-congolesa Cecile Kyenge, pediu em uma entrevista ao jornal Corriere della Sera que não aconteçam mais tragédias como esta e afirmou que são necessárias políticas de prevenção.
Kyenge defendeu políticas de imigração menos rígidas e anunciou que triplicará o número de vagas nos centros italianos para imigrantes, “de 8 mil a 24 mil”. O centro de recepção de Lampedusa está saturado, com apenas 250 vagas para mil pessoas, em um ano no qual 30.000 imigrantes chegaram à Itália. Roma incluiu o tema imigração na reunião do conselho de ministros do Interior da UE na terça-feira em Luxemburgo.
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