O compasso é de espera para aqueles que ainda não decidiram quem apoiar no segundo turno em Joinville. Sem pressa, os partidos que não estão nas coligações de Udo Döhler (PMDB) ou Kennedy Nunes (PSD) estão no aguardo do melhor acordo.

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A indecisão também é resultado dos focos dissidentes dentro de um mesmo partido com militantes dispostos a apoiar um ou outro candidato, independentemente da orientação dos dirigentes.

Até agora, somente PPS e PSDB tomaram uma decisão. Enquanto os tucanos apoiarão Kennedy, o PPS liberou seus militantes para apoiarem qualquer concorrente.

Ficha mais disputada nesse jogo de espera, o PT deixou sua decisão para segunda-feira. As reuniões continuam acontecendo a pleno vapor no diretório municipal da sigla.

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– Temos militantes querendo todas alternativas. Por isso, temos que ver qual será o melhor cenário para nós -, diz Eduardo Dalbosco, que coordenou a campanha de Carlito Merss (PT).

Na quinta, o prefeito se reuniu novamente com o deputado Darci de Matos (PSD). Antes, havia se encontrado com o vereador Manoel Bento (PT).

– Estamos ajustando os nossos desejos. Nossas propostas estão mais próximas. Lógico que quem estiver conosco aqui estará no governo -, diz Darci.

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Já Kennedy se reuniu com uma série de partidos pequenos, como PTN e PTC. No fim do dia, encontrou-se com Alodir Cristo para discutir o apoio do DEM.

Além de valorizar o passe com a demora, as siglas também estão no aguardo do primeiro “tracking” depois do segundo turno. O “tracking” é uma pesquisa diária conduzida por algumas campanhas para ter um parâmetro de como está o percentual de votos no candidato.

Depois do horário eleitoral gratuito na TV, telefonistas ligam para 300 ou 400 pessoas aletoriamente. Como o horário começa só no sábado, algumas siglas esperam decidir só semana que vem.

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– Nós consideramos todas as informações. Mas, no fim, nossa decisão deve depender do que o partido decidir em nível estadual -, diz Alodir Cristo, presidente do DEM de Joinville.

Enquanto não surgem novos apoios, os dois candidatos seguem em sua peregrinação em busca de aliados. Na quinta, Udo Döhler (PMDB) recebeu um grupo de padres da Igreja Católica que estariam inclinados a apoiar o peemedebista. À tarde, Udo foi até a Casa Amarela falar com o deputado estadual Nilson Gonçalves (PSDB), que tem se mantido neutro.