Em casa, no convivío familiar é onde ocorre a maioria dos casos de violência contra idosos em Santa Catarina. A conclusão é de um levantamento do Ministério Público do estado feito de 2011 a 2019.
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Em entrevista ao Notícia na Manhã desta segunda-feira (15), Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, o coordenador do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos, promotor de Justiça Douglas Roberto Martins explicou que as agressões podem ocorrer de muitas maneiras.
– As violências mais comuns a pessoa idosa dizem respeito à violência física, que é a mais perceptível, que vai deixar marcas na pessoa idosa. A segunda violência é a financeira e patrimonial, que é apropriar-se de alguma maneira dos bens do idoso, diminuindo a autonomia financeira dele. Tem ainda a negligência, que é a falta de cuidados com a higiene, com a saúde da pessoa idosa – detalhou.
Ouça a entrevista:
Douglas Roberto Martins destaca que denúncias de casos de violência podem ser feitos ao Disque 100 e, em Santa Catarina, ao Disque 181.
– Esse mesmo estudo aponta que mais de 60% dos autores dessa violência são filhos e filhas, genros e noras. Ela está sempre oculta pela intimidade do lar, geralmente. As denúncias podem ser feita de forma anônima, mas que vão a partir daí ativar a rede de proteção à pessoa idosa, assistência social, Polícia Civil e Ministério Público – detalhou.
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O promotor enfatizou que a população também pode denunciar pessoalmente junto aos órgãos de proteção do município, que são o serviço de assistência social, a promotoria de justiça da comarca. Quando a violência estiver acontecendo, as polícias civil e militar também podem ser acionadas.
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