O glaucoma, causado pelo aumento da pressão do olho que cria uma lesão no nervo óptico, é o principal responsável por casos de cegueira irreversível no mundo. Apesar de não ter cura, a doença pode ser controlada com tratamento médico e cirúrgico.

Continua depois da publicidade

Nesta terça-feira, 26 de maio, é o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, para reforçar que a prevenção é o cuidado principal. Quando a pessoa parece que está olhando por um tubo ou por um buraco de fechadura, isso significa que a doença já está em um estágio avançado.

O presidente da Associação Catarinense de Oftalmologia, João Artur Etz Júnior, alerta que de 60 a 70% dos casos graves de glaucoma seriam evitáveis se o diagnóstico fosse feito precocemente, e que as consultas com o médico especializado na área devem ser realizadas regularmente.

– É uma doença assintomática e perigosa, porque o primeiro sintoma é a perda de campo visual, que é imperceptível. O tratamento existe, desde que diagnosticada de forma inicial. Às vezes, as pessoas procuram profissionais não-médicos para fazer a troca de óculos e, quando chega no médico, já está com um problema mais grave – declarou Etz Júnior.

Ouça a entrevista para a CBN Diário:

Continua depois da publicidade

Há alguns fatores que são predisponentes, como histórico familiar de glaucoma, acima de 40 anos, além de comorbidades como diabetes e alta miopia. Indivíduos negros também fazem parte do grupo com mais risco de ter a doença.

Mais de 100 milhões no mundo devem sofrer com a doença em 20 anos

Segundo estimativa da Organização Mundial de Saúde, há atualmente cerca de 80 milhões de pessoas no planeta que sofrem de glaucoma. Ainda de acordo com a entidade, o número poderá ultrapassar 111 milhões nos próximos 20 anos.

A Sociedade Brasileira de Oftalmologia chama a atenção de que dados do Ibope de 2019, que apontam que um terço da população brasileira nunca consultou especialistas para cuidar da saúde ocular.

Já a Sociedade Brasileira de Glaucoma liberou um comunicado oficial, no fim do mês de março, para orientar os profissionais durante o período de pandemia de coronavírus, com considerações para os procedimentos cirúrgicos urgentes, já que vários hospitais estavam com restrições.

Continua depois da publicidade

Leia também: Crise afeta remuneração dos médicos na pandemia, afirma sindicato