Clube mais bem-sucedido do vôlei nacional, a Cimed ainda não superou um adversário incompatível com o retrospecto: a falta de um espaço para grandes eventos esportivos.
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A ausência de uma arena restringe a presença de público e não oferece conforto à torcida. Atrapalha o trabalho da imprensa, com estrutura improvisada e iluminação precária. E gera desdém do adversário, que acha que o acanhamento é proposital, sem acreditar na falta de alternativas na Capital para sediar um jogo de Superliga, a principal competição nacional.
Com capacidade para 2 mil torcedores, o “ajeitadinho” Ginásio Saul Oliveira é administrado pela Cimed, com ajuda da prefeitura e do Estado. Encravado no Bairro Capoeiras – por isso o apelido Capoeirão -, está localizado próximo a um elevado, sem estacionamento compatível, cercado por ruas estreitas e de difícil acesso nos horários de pico.
De acordo com o técnico Marcos Pacheco, se houvesse um ranking entre os ginásios da Superliga, o Capoeirão estaria nas últimas posições. Só é melhor do que os ginásios de Londrina e Volta Redonda. A estrutura é de um ginásio escolar, devido à pequena altura da cobertura.
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– O ideal seria manter o Capoeirão, porque facilita a programação de treinos, e ter uma arena para grandes jogos – explica Pacheco.
Mas, a curto prazo, não há como resolver o problema. Tanto que a empresa admite montar um esquema de venda de ingressos para evitar tumultos. A solução mais evidente ainda é aquela que moradores de Jurerê como Renan e Pacheco enxergam todos os dias: a arena multiuso, no Norte da Ilha. Em 2009, eles participaram do lançamento da pedra inaugural do espaço, que permanece inacabado, como se a Cimed nem tivesse escrito a sua história.