O gestor do Departamento Estadual de Defesa Sanitária Vegetal da Cidasc (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina), o engenheiro agrônomo Alexandre Mees, falou na manhã desta terça-feira (15) sobre o apareceimento de sementes misteriosas junto a mercadorias compradas por meio da internet. Em entrevista ao Notícia na Manhã, da CBN Dário, Mees destacou que o maior risco é porque não é possível saber a procedência das sementes.

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Na semana passada, um caso foi registrado em Jaraguá do Sul, no Norte catarinense. Junto com a entrega da mercadoria comprada da China – um objeto de decoração adquirido pela internet – a pessoa recebeu também outro pacote com duas embalagens contendo sementes sem procedência de diferentes espécies vegetais e não identificadas. Casos semelhantes também já havia sido registrados nos Estados Unidos e em países da Europa.

Segundo o engenheiro agrônomo Alexandre Mees, há um risco fitossanitário envolvendo o caso, já que existe a possibilidade de introdução no país de um espécie vegetal inexistente no bioma brasileiro. Além disso, ele afirma que a própria introdução de um produto comercial sem a devida autorização já é, em si, uma irregularidade.

Ainda conforme Mees, as sementes serão enviadas ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), onde serão encaminhadas a laboratório com objetivo de tentar identificá-las.

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De acordo com a Cidasc, apesar de parecerem inofensivas, as sementes clandestinas podem estar contaminadas e disseminar pragas e doenças. Com isso, há a possibilidade de causar prejuízos econômicos e danos do ponto de vista da defesa sanitária vegetal.

O que fazer se receber pacote com sementes sem procedência

A orientação da Cidasc é para que, caso o cidadão não tenha feito nenhuma compra, mas tenha recebido um pacote suspeito, não abra, não semeie e não jogue no lixo. É necessário levar o conteúdo a um escritório da Cidasc ou do Mapa mais próximo para que sejam recolhidas.

Também está disponível para contato os telefones 0800-644-6510 ou (48) 3665 7300 (WhatsApp), do Departamento Estadual de Defesa Sanitária Vegetal do estado, onde a pessoa poderá solicitar orientações adequadas.

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De acordo com a legislação brasileira, todo material de multiplicação vegetal é considerado semente ou muda. A importação de qualquer quantidade destes produtos deve ter autorização do Mapa, mediante solicitação do interessado pela compra.

Em Santa Catarina, a Cidasc é o órgão estadual responsável pela Defesa sanitária vegetal, monitoramento, vigilância, inspeção e fiscalização da produção e do comércio de plantas.