O time do Figueirense campeão da Copa São Paulo de futebol júnior de 2008 era pura marcação. Os garotos se dedicavam ao máximo na defesa, e não desperdiçavam as poucos chances de gols. Por isso, a responsabilidade de Maicon Talhetti era enorme. Camisa 10 tinha a obrigação de criar as jogada. O título transformou sua vida, com 17 anos Talhetti era o jogador mais promissor de sua geração, mas, cinco anos depois, ainda não conseguiu uma sequência de jogos no time titular.
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Com 18 anos no elenco profissional, em uma partida contra o Atlético-Ib, fraturou a tíbia da perna direita. Assim começou um longo período longe dos gramados. Foram três cirurgias e 17 meses de tratamento até conseguir treinar normalmente no fim de 2011.
– Eu assistia todos os dias os meus companheiros jogando e treinando, era difícil. Agora, nunca pensei em parar de jogar – conta Talhetti.
No início de 2012, a retomada da carreira foi no Brusque. Apesar de ter uma sequência de jogos, a estrutura precária atrapalhou o meia-atacante.
– Fui para o Brusque e era para fazer um trabalho progressivo, mas não foi possível. Eles tinham uma expectativa alta. Individualmente foi bom, porque eu joguei, mas não acrescentou nada na minha carreira – explica.
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Por isso, Talhetti vê 2013 como um recomeço. O coordenador de Futebol, Leandro Niehues, conversou com o jogador no fim do ano passado. Leandro convidou para fazer parte do elenco de Adilson Batista, mas para isso ele teria que voltar em formar na pré-temporada.
– Nas férias eu me preparei. E eu cheguei bem para iniciar a pré-temporada. Vou trabalhar com o grupo, mas vou fazer um trabalho de força. Vou ficar um mês nesse trabalho para estar no mesmo nível dos outros jogadores. Até para eu estar preparado, não adianta eu ter a oportunidade e não ter condições de corresponder – planeja.
A temporada 2013 é de reconstrução e novas oportunidades no Orlando Scarpelli. Além do clube, que tenta se reerguer, o treinador Adilson Batista deu um passo atrás para reconquistar a elite do futebol brasileiro. Jogadores jovens e promessas, como Talhetti, que querem uma chance de jogar e finalmente comprovar que o que foi feito no dia 25 de janeiro de 2008 não foi sorte, não foi o acaso, e sim resultado da qualidade e trabalho