O maior grupo financeiro da Colômbia informou nesta terça-feira que colaborará com os Estados Unidos na investigação sobre o escândalo de subornos da Odebrecht, no qual está envolvido uma de suas empresas.
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O Grupo Aval revelou em comunicado que “cooperará com a investigação” do departamento americano de Justiça sobre as irregularidades envolvendo a maior obra rodoviária da Colômbia, destinada a unir o centro ao norte do país.
Aval, liderado pelo banqueiro Luis Carlos Sarmiento – o homem mais rico da Colômbia-, é o principal acionista da Corficolombiana, sócia da Odebrecht na construção da Estrada do Sol 2.
A Promotoria colombiana denunciou o desvio de dinheiro para campanhas políticas locais, assim como o pagamento de subornos para a aquisição do contrato da obra, avaliada em 1,6 bilhão de dólares.
Em 2016, a Odebrecht admitiu à Justiça americana ter pago subornos a políticos colombianos em troca de contratos para obras públicas, uma prática que aplicou em 12 países.
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Até o momento, seis pessoas foram condenadas por este escândalo na Colômbia, onde a Odebrecht pagou 32,5 milhões de dólares em propinas.
O caso Odebrecht teve uma reviravolta dramática na Colômbia após a morte, em 8 de novembro, de Jorge Pizano, auditor do consórcio formado pelo grupo brasileiro e a Corficolombiana para construir a Estrada do Sol 2.
Três dias depois, seu filho morreu envenenado com cianureto em uma garrafa d’água encontrada no escritório de Pizano. As duas mortes estão sendo investigadas.
* AFP