Maio fecha com queda de emprego nos setores de comércio e construção civil

O Ministério do Trabalho divulgou nesta terça-feira dados atualizados sobre a evolução do emprego no país. Em Blumenau, os números do último mês mostram uma redução dos postos de trabalho em duas áreas: construção civil e comércio. No último ano, os serviços industriais de utilidade pública e os postos referentes à administração pública foram os que mais perderam vagas. Os dados fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

No último mês, 7.077 novas vagas foram abertas na cidade. Do outro lado, 6.934 foram fechadas. A balança aponta um saldo positivo de 143 novas vagas em maio. Na construção civil, o saldo negativo foi de 44 e no comércio, 21. Na avaliação do professor do Departamento de Economia da Furb, Nazareno Schmoeller, os dados divulgados pelo Caged estão dentro do esperado. Feriados prolongados, enchentes e greve dos servidores públicos municipais foram alguns fatores apontados pelo especialista como responsáveis pela queda no comércio, que abriu 1.622 vagas no último mês e encerrou 1.643.

– Qualquer coisa que implique em diminuição de ritmo que faz o comércio ficar fechado reflete na diminuição das vagas. Se o nível da atividade cai por qualquer motivo, o setor rapidamente se ajusta a isso – explicou o professor.

Em relação à construção civil que também amargou redução nas oportunidades de trabalho, Schmoeller explica que o setor está normalizando. Após um período de grande geração de emprego entre 2010 e 2011, devido ao crescimento do setor imobiliário, a tendência é que a partir de agora o setor registre crescimentos menos expressivos. Em maio foram abertas 576 vagas e fechadas 620.

Expectativa é que ano feche com saldo positivo

A previsão do especialista é que o ano encerre com 2,5 mil novos postos de trabalho na cidade. Apesar da redução em alguns setores específicos, a tendência é que o saldo continue positivo até o final do ano.

– Tivemos um boom de empregos em 2010. A partir daí, foi registrada uma queda e em 2012 recuperamos – lembrou o professor.