O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), fez uma manobra que permitiu que o bloco encabeçado por seus aliados PDT e PC do B obtivesse uma vaga na Mesa Diretora, isolando o grupo de PT e PSB.
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Os partidos da oposição entrarão com questão de ordem contra decisão de Maia que permitiu que fusões de siglas ainda não homologadas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fossem utilizadas para aumentar o número de deputados no bloco do PDT.
Sem a decisão, o bloco de centro ficaria com 94 deputados, três a menos que o formado por PT, PSB, PSOL e Rede. Com isso, esse último teria direito à vaga de titular na Mesa Diretora, além de poder ocupar os espaços de líder da oposição e da minoria, que dão direito a tempo de fala em plenário.
Segundo o líder do PSOL, Ivan Valente (SP), caso a decisão não seja revertida por questão de ordem, ou seja, por uma decisão do próprio Maia em plenário, os partidos levarão o caso para o Supremo Tribunal Federal (STF).
— Ele não pode agir como o TSE, isso é uma manobra que não pode ser aceita — afirmou.
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Posse dos deputados na Câmara
Empossados nesta sexta-feira, os deputados da 56ª legislatura estão reunidos no Plenário Ulysses Guimarães para a eleição da nova Mesa Diretora da Casa, composta de sete titulares e quatro suplentes.
São sete candidatos a presidente. Maia foi indicado pelos dois maiores blocos parlamentares, que somam 406 deputados. Outros seis candidatos concorrem como avulsos: Fábio Ramalho (MDB-MG), JHC (PSB-AL), General Peternelli (PSL-SP), Ricardo Barros (PP-PR), Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Marcelo Freixo (Psol-RJ).
Para ser eleito, o candidato precisa de maioria absoluta dos votos em primeira votação ou ser o mais votado no segundo turno. Depois de eleito o novo presidente, serão apurados os votos dos demais integrantes da Mesa.