O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, espera aprovar o texto-base da reforma da Previdência nesta quarta-feira (10). Em entrevista à revista Veja, ele disse que "cada hora é decisiva" para a aprovação.
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Na avaliação do presidente, é possível que o segundo turno da PEC seja votado até sexta-feira, já que, na segunda etapa de votação, só é possível a apresentação de destaques supressivos, ou seja, que retiram trechos já aprovados no texto.
Maia concedeu entrevista coletiva antes da reunião de líderes convocada para debater os procedimentos de votação da proposta, no começo da tarde desta terça-feira (9).
O presidente da Câmara também acredita que apenas os partidos de esquerda apresentem destaques à proposta, embora ainda não haja acordo fechado sobre a não apresentação de destaques por parte dos partidos de centro.
— Nos partidos da maioria, se houver destaques, será apenas um. E deve ser um destaque muito simples, que não tem risco de ser acolhido — disse.
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Acompanhe a sessão na Câmara dos Deputados
Votação no plenário da Câmara
Rodrigo Maia marcou sessões no plenário a partir de segunda-feira (8) à tarde para garantir que a matéria comece a ser apreciada no dia seguinte, já que é preciso um interstício de duas sessões do plenário após a votação na comissão especial para que o texto entre em discussão no plenário. A votação da PEC 6/19 foi concluída na madrugada do último dia 5 na comissão especial da Câmara.
Para acelerar o processo de tramitação da reforma, é possível que os deputados aprovem um requerimento para quebrar esse interstício.
— Dependendo de quando começa o processo de discussão, talvez não seja necessário (a quebra). Se for necessário, os partidos da maioria e o partido do governo têm votos para quebrar (o interstício) e vamos trabalhar para ter votos para a aprovação da emenda — disse Rodrigo Maia no fim de semana.
Entre o primeiro e o segundo turno de votação também é necessário um interstício, de cinco sessões. Segundo Maia, caso haja "vitória contundente" no primeiro turno há "mais respaldo político para uma quebra (do interstício) do primeiro para o segundo (turno).
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