Os números da Chapecoense no Catarinense impressionam: oito jogos, sete vitórias, 20 gols marcados, oito gols sofridos e o artilheiro da competição – Rodrigo Gral, com seis gols. Com um desempenho tão favorável e acima da média, o título do primeiro turno e a classificação para a semifinal do campeonato vieram naturalmente. Pior para o Guarani, que levou 5 a 2, em Xanxerê, sem piedade.

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A vitória deu à Chapecoense, com uma rodada de antecedência, a Taça Paula Ramos, que será entregue no próximo jogo, domingo, diante do Atlético-Ib, fora de casa. Mas quem disse que os jogadores tiveram paciência para esperar? Para simbolizar o título, eles carregaram um troféu parecido após o jogo e levaram a torcida ao delírio. Foi um time que perdeu apenas uma partida por 2 a 1 para o Figueirense, no Orlando Scarpelli, na terceira rodada e não tomou conhecimento dos adversários.

No domingo não foi diferente. Aos 23 minutos, a equipe do técnico Gilmar Dal Pozzo já vencia por 2 a 0, gols de Bruno Rangel e Neném. Reserva, Rangel só entrou na equipe porque Ronaldo Capixaba machucou-se e Fabinho Alves cumpriu suspensão. Do banco também saiu Dieguinho, autor do quinto gol. Athos, que começou como titular pela primeira vez no Estadual, também fez o seu. Antes do jogo, Dal Pozzo perdeu Paulinho Dias, com lesão na coxa esquerda. Mesmo desfalcada, a Chapecoense mostrou que títulos se ganham com grupos fortes.

– Quem saiu do banco fez toda a diferença – afirmou Dal Pozzo.

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É claro que a dedicação e o comprometimento dos jogadores também foram determinantes. A diretoria fez a sua parte mantendo a base vencedora que conquistou o acesso à Série B do Brasileiro em 2012. Dos 11 titulares que começaram o jogo de ontem, sete defenderam o clube na temporada passada. A Chapecoense contou ainda com jogadores como o goleiro Nivaldo e Rodrigo Gral, peças-chave nessa trajetória.

Ele passou quase todo o turno na reserva. Quando entrava, o time melhorava. Marcou gols nas partidas frente ao Figueirense e ao Camboriú.

Contra o Guarani, o meia Athos iniciou como titular e foi o maestro da vitória por 5 a 2 que garantiu o título do turno. Dos pés dele, saiu a jogada do primeiro gol de Bruno Rangel. Athos sofreu ainda a falta que resultou no segundo gol, de Neném.

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Deu o passe para o gol de Dieguinho. E marcou o seu, o quarto da equipe na goleada.

– Estou vivendo um momento especial – admitiu o jogador, que recentemente foi pai do seu segundo filho, Emmanuel.

O jogador dedicou a conquista a ele, ao primogênito Matheus e à mulher Camila. Disse que, mesmo na reserva, não desanimou e continuou treinando forte, pois, na sua avaliação, “o guerreiro precisa estar pronto para quando for chamado”. A Chapecoense precisou, e Athos correspondeu.

O jogador foi o diferencial de criatividade no time e resumiu a conquista em uma palavra: merecimento.

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Conforme o meia alviverde, se o Corinthians tem um “bando de loucos”, a Chapecoense tem um “time de guerreiros”. Quando terminou a partida, Athos correu para a torcida, que gritou o seu nome. Afinal, a Taça Paula Ramos está em boas mãos.