No próximo dia 12 de outubro, Joaquim não ganhará brinquedos nem roupas. O Dia das Crianças será na praia ao lado dos pais. Ao substituir presentes materiais por programas em família ou entre amigos, a designer de interiores e blogueira Anne Rammi tenta iniciar o filho desde cedo nas letras do consumo consciente.
Continua depois da publicidade
Moradora de São Paulo, 31 anos, Anne adota a prática em todas as datas comemorativas. Com um ano e seis meses, Joaquim não recebeu presente em seu primeiro Natal. Com isso, cresce se acostumando a valorizar a família nos momentos de festejos. Usa os brinquedos que tem e, quando necessário, os pais alugam outras peças.
– Não acho saudável estimular a expectativa da criança de ganhar e acumular brinquedos. As tias dão presente, a gente aceita de coração, mas queremos ensinar a ele que o importante é a presença das pessoas que amamos – explica Anne, que compartilha a experiência da maternidade por meio do blog Super Duper e do site Mamatraca.
Os cuidados de Anne, grávida do segundo filho, são valorizados por quem estuda os impactos do consumo em excesso na infância – obesidade infantil, erotização precoce, estresse familiar e diminuição das brincadeiras criativas são alguns dos problemas atrelados à questão. Psicóloga e coordenadora de educação e pesquisa do projeto Criança e Consumo, do Instituto Alana, Lais Fontenelle Pereira destaca a relevância do cuidado dos pais com o tema.
– É importante uma atenção especial desde os primeiros anos da criança. Do contrário, ela aprende a consumir sem pensar e cria esse hábito – afirma.
Continua depois da publicidade