Doação e propósito são palavras que a mãe Luana Silva Loch sabe o que significam na prática, diariamente. A filha de Luana, Isabelly Silva Borges, de apenas nove meses nasceu com hidrocefalia, devido a toxoplasmose que a mãe teve durante a gestação.
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A criança ganhou uma cadeira especial por doação faz um mês, mas ainda não pode usar para locomoção porque aguarda que a Passebus providencie o transporte especial para deficientes físicos à criança de Joinville.
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A necessidade vem pela menina ir em média três vezes por semana a médicos especialistas, entre neurologista, fisioterapeuta, oftalmologista e ortopedista. A criança já realizou seis cirurgias neste ano, para colocação de válvula a fim de conter os efeitos da hidrocefalia.
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A doença, popularmente chamada de água na cabeça, provoca acúmulo de líquido no interior da cavidade craniana e, consequentemente, aumento da pressão dentro do crânio. O que pode resultar em lesões do tecido cerebral.
No caso de Isabelly, a hidrocefalia interferiu em sua capacidade cognitiva e motora. O que provoca desconforto quando ela está no colo e a criança acaba chorando.
– Ela sente muita dor quando fica no colo devido a cabeça ser grande. Por isso, a importância da cadeira, mas sem o ônibus especial, como posso levar minha filha no médico? – questiona a mãe.
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Luana conta que foi até a Passebus fazer o pedido da carteirinha para utilizar o transporte especial neste mês, mas o médico da empresa teria negado alegando que o benefício é concedido para crianças a partir dos dois anos e que a demanda estava muito grande para apenas sete ônibus especiais disponíveis na cidade.
Além disso, Luana, que também tem uma filha de quatro anos não trabalha para ter tempo para cuidar de Isabelly e seu marido trabalha como servente de pedreiro para dar a criança uma boa qualidade de vida.
Carinho não falta, porém, a renda da família não ultrapassa R$ 1.000 por mês, o que complica a compra de remédios e o pagamento do convênio médico. Para ajudar com doações de fraldas, roupas e cestas básicas, pode entrar em contato com a Luana pelo telefone (47) 8467-1272.
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O que dizem as empresas:
As empresas Gidion e Transtusa informaram que não houve recusa ao pedido de transporte especial para a menina Isabelly. Segundo foi informado à reportagem, a solicitação está em fase de avaliação e nesta terça-feira deve ser garantido o atendimento à criança.
Segundo as empresas, crianças de colo não precisam do chamado Transporte Eficiente, mas a família de Isabelly só teria comunicado sobre a necessidade de adaptação à cadeira especial numa segunda visita.
O serviço de Transporte Eficiente foi reestruturado e unificado em maio, quando as equipes da Transtusa e Gidion passaram a atender juntas no prédio da Passebus. Conforme a assessoria, são 12 micro-ônibus em circulação.
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