Mulheres que tiveram os filhos sequestrados por quadrilhas ligadas ao tráfico internacional de crianças depositam no exterior a esperança de reencontrá-los. Segundo dados da Polícia Federal, milhares de crianças foram levadas ainda bebê, para várias partes do mundo. Mães que nunca desistiram de procurar acreditam que jovens que levados para Israel possam ser o filho tão esperado.
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É o caso da professora Zulmira Cardoso de Porto Nacional, em Tocantins. Ela vê em Igal Gabay, brasileiro e adotado ilegalmente em Israel, semelhanças que a fazem crer que ele possa ser seu filho, Sérgio Leonardo, um dia sequestrado no quintal da casa da avó, em setembro de 1987. Por 26 anos ela luta para encontrá-lo. Igal também procura a família biológica e teve sua história divulgada pelo Diário Catarinense no ano passado.
Durante os últimos anos, Zulmira investigou o desaparecimento do filho, com um ano e oito meses, por conta própria. Ela acredita que seu filho foi levado por uma quadrilha, que tinha ligações com quadrilhas do Sul na venda de crianças.
– Na década de 80 aconteceram muitos raptos de crianças, em Porto Nacional. Na época, uma das crianças foi encontrada após nove meses a na Argentina. Logo após o desaparecimento do meu filho, tive informações que ele teria sido levado por um paulista e dois paraenses – recorda a mãe.
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Com esperanças de que o jovem em Israel, possa ser o seu filho Leonardo, Zulmira pretende fazer um exame de DNA para ter certezas e aguarda contato com Igal.